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Existem diversos tipos de bactérias, algumas delas benéficas ao ser humano e outras que causam doenças

As bactérias são organismos procariontes e unicelulares, isto é, formadas por uma única célula, sem núcleo e com organelas ligadas à membrana. Elas podem viver isoladas ou reunidas em agrupamentos que possuem formas típicas e que variam entre as espécies. Elas pertenciam ao reino Monera, mas este foi extinto com a adoção da classificação dos seres vivos em domínios. Com isso, esses procariotos tornam-se parte do domínio Bacteria.

Estrutura da célula bacteriana

De forma geral, as bactérias medem entre 0,2 e 1,5 nm de comprimento e apresentam um envoltório externo rígido, chamado de parede bacteriana. Ela determina a forma e protege a bactéria contra agressões físicas do meio ambiente

Sob a parede celular, encontra-se a membrana plasmática. Ela que delimita o citoplasma, fluido onde há milhares de proteínas e organelas responsáveis pelo metabolismo da bactéria. O cromossomo bacteriano, constituído por uma molécula de DNA, também fica mergulhado diretamente no citoplasma.

Muitas bactérias se movimentam graças ao batimento de longos filamentos proteicos ligados à membrana e à parede celular, denominados flagelos.

Tipos de agrupamentos bacterianos

Bactérias
Imagem de Michael Schiffer no Unsplash

Existem milhares de espécies de bactérias, que diferem quanto ao metabolismo, habitat e à forma de suas células. O tipo de agrupamento e a forma celular são características fundamentais para a classificação.

As bactérias podem ser classificadas a partir de sua morfologia. Pois as células bacterianas podem apresentar diferentes formas: esférica (coco), de bastonete (bacilo), espiralada (espirilo) e de vírgula (vibrião ou vibrio). Os agrupamentos são desdobramentos dos formatos das células, como dois cocos unidos (diplococo), por exemplo.

Nutrição das bactérias

As bactérias autótrofas possuem a capacidade de produzir o seu próprio alimento. Enquanto as heterótrofas dependem das moléculas orgânicas elaboradas por seres autótrofos para se alimentar e completar sua cadeia respiratória. Quanto à fonte de energia que utilizam, as autótrofas podem ser classificadas em dois grandes grupos: as fototróficas e as quimiotróficas.

Bactérias fototróficas são aquelas que utilizam a luz como fonte primária de energia. Enquanto as quimiotróficas dependem de reações químicas para obter sua energia.

Reprodução das bactérias

As bactérias apresentam reprodução assexuada, que se dá por meio da divisão binária ou da formação de esporos. Não há envolvimento de gametas nesse tipo de reprodução e, consequentemente, não ocorre uma variabilidade genética.

Divisão binária

A divisão binária da célula bacteriana é um processo no qual ela se divide ao meio e duplica seu material genético. Assim, originando duas bactérias novas idênticas a ela.

Esporulação

Algumas espécies de bactérias possuem a capacidade de formar estruturas denominadas esporos. Principalmente quando submetidas a condições ambientais desfavoráveis, como escassez de nutrientes ou de água.

Na formação do esporo, o material genético duplica-se e uma das cópias é isolada do restante e envolta por uma membrana plasmática. Em seguida, em torno dessa membrana, surge uma parede espessa, constituindo o que é chamado esporo.

O restante do conteúdo celular se degenera e a parede original se rompe, libertando o esporo. Em ambiente propício, esse esporo se hidrata e reconstrói uma nova bactéria, que passa a reproduzir-se por divisão binária.

Bactérias e a biotecnologia

O desenvolvimento científico e tecnológico possibilitou o aproveitamento de seres vivos para tecnologias úteis à humanidade, atividade conhecida como biotecnologia. Além de participarem do processo de produção de alguns alimentos, as bactérias são empregadas em larga escala na indústria farmacêutica. Sendo usadas para a produção de antibióticos e vitaminas.

A biorremediação, processo em que micro-organismos, principalmente bactérias, são usados para limpar áreas ambientais contaminadas por poluentes, é outro exemplo disso. O uso de bactérias na engenharia genética permite o estudo in vivo de funções genéticas primárias a partir de introduções de modificações precisas. Por exemplo:  deleções, inserções e mutações pontuais em cromossomos (1).

Bactéria gigante descoberta em manguezal

Um estudo descreveu o ciclo de vida e as características morfológicas e genômicas de uma bactéria cinco mil vezes maior que a maioria, visível ao olho nu. Além do tamanho impressionante, esta espécie descoberta em um manguezal possui outra importante diferença em relação às demais. Isso é ao invés de estar disperso no citoplasma, seu DNA está contido em uma estrutura que contém uma membrana. 

Ainda que única, Silvina Gonzalez-Rizzo, professora de biologia molecular da Universidade de Antilles e co-autora do estudo, foi capaz de classificar a bactéria de cerca de 1 centímetro de comprimento no gênero Thiomargarita e a nomeou de Ca. Thiomargarita magnifica. Esta bactéria é interessante também por ser uma espécie sulfurosa (oxidante de enxofre) e fixadora de carbono. Além de exibir centenas de milhares de cópias de um genoma três vezes maior que a maioria do seu domínio (2).

Doenças bacterianas

Apesar de existirem bactérias úteis e benéficas ao meio ambiente e aos seres humanos, há algumas que transmitem doenças a outros seres vivos. A infecção ocorre principalmente por meio do contato com secreções ou pela água, alimentos e objetos contaminados.

As principais doenças causadas por bactérias são a:

  • Tuberculose
  • Tétano
  • Gonorreia
  • Disenterias bacterianas
  • Sífilis
  • Febre tifóide
  • Lepra

Superfície de cobre

Cientistas desenvolveram uma superfície de cobre que mata bactérias 100 vezes mais rápido e com mais eficácia do que o cobre padrão. Isso pode ajudar a combater a crescente ameaça das superbactérias resistentes a antibióticos.

A equipe acredita que pode haver uma grande variedade de aplicações para o material. Como maçanetas antimicrobianas e superfícies de toque em escolas, hospitais, residências e transportes públicos.


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