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Conheça mais sobre o plástico compostável, uma das possibilidades de embalagem para descartar seus resíduos

Com toda a polêmica que a campanha “Vamos Tirar o Planeta do Sufoco” causou no Estado de São Paulo, muita gente está se perguntando: existe alguma sacolinha boa? Com exceção dos materiais recicláveis (que vão para a coleta seletiva e podem ser embalados com o saco de lixo comum), o restante dos resíduos deve ter qual invólucro para causar menos danos ao meio ambiente?

Não existe uma resposta pronta a essa pergunta. O que a equipe eCycle resolveu fazer é apresentar as vantagens e desvantagens de cada tipo de sacola que existe no mercado brasileiro atual. O primeiro modelo a ser levado em conta é o Polímero Sintético de Fonte Renovável – Ácido Polilático (PLA), que ficou famoso por ser o material utilizado para produzir as sacolinhas que foram vendidas por R$ 0,19 centavos no início da campanha já citada, no Estado de São Paulo. Veja mais detalhes sobre o material:

Vantagens

O plástico feito com PLA possui as vantagens de ser biodegradável, compostável, proveniente de fonte renovável (milho, mandioca, beterraba, etc) e poder ser reciclado, desde que essa reciclagem ocorra com plásticos de PLA puro ou na proporção de até 1% de PLA, com 99% de resinas convencionais. Sua biodegradabilidade é certificada segundo normas americanas (ASTM D-6400) e européias (EN-13432), as quais atestam que o material sofre degradação em 180 dias em condições de compostagem (com temperatura, umidade, luz e microorganismos controlados). Interessante observar a captura natural de CO2 da atmosfera ao longo do processo de crescimento da planta e, sobretudo, a preservação de derivados de petróleo para usos mais nobres que sacolas descartáveis.

Desvantagens

No entanto, a biodegradação e compostagem do material plástico ocorrerão idealmente quando estes produtos forem destinados para usinas de compostagem, pois elas possuem condições adequadas de temperatura, umidade, luz e microorganismos suficientes para que a degradação do material ocorra (veja mais aqui).

A sua decomposição em lixões a céu aberto (destino mais comum do lixo aqui no Brasil) ainda é duvidosa porque não há conhecimento sobre a eficiência do material nas condições oferecidas nos lixões e mesmo em aterros sanitários. Além disso, as condições oferecidas por lixões e aterros propiciam uma biodegradação anaeróbica, fazendo com que haja liberação do gás metano (em vez do CO2 gerado durante a biodegradação aeróbica). Trata-se de um gás que contribui cerca de 20 vezes mais para o efeito estufa que o CO2.

É preciso lembrar que existem aterros que capturam os gases gerados durante o processo de degradação e os convertem em energia. No entanto, aterros como esses não são tão comuns aqui no Brasil. Outro reflexão a se fazer é sobre a matéria-prima para produção do PLA: o milho. O seu plantio com esse fim pode condicionar a um dilema quanto ao comprometimento de áreas de plantio que poderiam ser empregadas em culturas para o co,sumo humano. A produção em larga escala para este fim implicaria, também, em maior área de plantio, maior consumo de água, fertilizantes, agrotóxicos e outros insumos.

Melhor uso e cuidados

Os plásticos feitos com PLA são biodegradáveis e compostáveis (em condições adequadas) logo, em razão do que vimos até o momento, a melhor opção seria o descarte em lixo comum. Sacolas plásticas feitas com este tipo de material podem, portanto, ser utilizadas na embalagem dos resíduos que serão encaminhados para lixões ou aterros sanitários, ou seja, todos aqueles resíduos que não conseguimos reciclar.


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