1º de Abril: Dia da Mentira e suas origens

Compartilhar

Em 1º de abril se comemora o dia da mentira e das pegadinhas. Nesse dia tão diferente as pessoas praticam pegadinhas e mentem para seus amigos e familiares, com o intuito de brincar com eles. Não se sabe muito bem qual a origem certa do 1º de abril, no entanto, alguns historiadores acreditam que tenha surgido em meados do século XIV. 

Dia da Amazônia: 5 de setembro é para reflexão

Origem do dia 1º de abril

França e os calendários 

Acredita-se que o dia da mentira surgiu por volta do ano 1582, quando a França decidiu mudar o calendário Juliano para o calendário Gregoriano, decisão que foi tomada pela Igreja Católica durante o Concílio de Trento. 

Anteriormente, durante o uso do calendário Juliano, o ano novo era comemorado próximo ao dia 1º de abril. Algumas pessoas não aceitaram muito bem essa mudança, e continuaram suas rotinas usando o antigo calendário. Logo, esses indivíduos se tornaram motivo de piada entre a população francesa.

Foi aí que surgiu o Dia da Mentira. Todo o dia 1º de abril, às pessoas que já haviam adotado o calendário Gregoriano tiravam um tempo de seu dia a dia para tirar sarro da cara daqueles que ainda viviam o calendário Juliano.

Na época, a pegadinha mais comum era colocar um pedaço de papel nas costas das pessoas com as palavras “poisson d’avril” (peixe de abril). Essa combinação de palavras simbolizava uma pessoa jovem e boba, um peixe que é fácil de enganar. 

Festival Hilária e 1º de abril

Alguns historiadores também ligam a comemoração do Dia da Mentira em 1º de abril a um festival da Roma Antiga chamado de Hilária. Esse festival era comemorado todo final de março em comemoração da deusa Cibele (uma mistura das deusas gregas Gaia, Reia e Deméter).

Durante os dias do festival, a população se fantasiava dos mais diversos personagens e faziam pegadinhas com seus vizinhos e amigos. Algumas pessoas acreditam que o festival estava relacionado ao mito egipicio de Isis, Osiris e Seth.

Equinócio de outono e 1º de abril

O equinócio de outono é um dos dois dias do ano em que a noite tem exatamente 12 horas, o outro acontece apenas em meados de setembro. No hemisfério norte esse dia acontece durante a troca do inverno para a primavera. 

Por esse motivo, as pessoas acreditavam que a mãe natureza saia pela Terra enganado as pessoas, fazendo piadinhas e trazendo consigo um clima imprevisível. Como no hemisfério norte o equinócio acontece na primavera, enquanto no hemisfério sul acontece no outono, e no final de março, às pessoas ligavam o dia 1º de abril a esse evento. 

Reino Unido e 1 de abril 

A comemoração do Dia da Mentira em 1º de abril se espalhou pelo Reino Unido por volta do século XVIII. Na Escócia, a tradição dura dois dias e começa com a “caça ao bobo”. Nesta atividade, as pessoas realizam falsas tarefas durante o dia. Logo depois vem o dia Tailie, onde são feitas as mentiras e as pegadinhas. 

Com o tempo, a celebração do Dia da Mentira em 1º de abril se espalhou pelo mundo todo e se tornou bastante popular no Brasil. 

Dia da Sobrecarga da Terra 2018: atingimos o limite neste 1º de agosto

Cuidado com a mentira

Apesar de ser divertido pregar uma peça em um colega ou inventar uma mentira inofensiva no dia 1º de abril, nem tudo é um conto de fadas. A mentira é o ato de negar algo existente, fingir, ou falsificar uma informação. 

As mentiras não são espalhadas apenas no dia 1º de abril. Na verdade, existem mentiras sendo espalhadas em diversos locais do mundo que podem afetar seriamente uma sociedade. Um exemplo são as chamadas fake news, produtos noticiosos de desinformação que espalham mentiras entre a população e podem beneficiar pessoas com intenções ruins.

Além disso, quando uma pessoa mente demais ela pode sofrer de um tipo de condição psicológica chamada de mitomania. Um indivíduo com esse tipo de transtorno é um mentiroso compulsivo e precisa de acompanhamento psicológico para poder lidar com sua condição.  

Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.

Saiba mais