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Dados de milhares de sítios históricos indicam que assentamentos desiguais tiveram maior duração, mas futuro sustentável não exige repetir o padrão

A relação entre desigualdade e sustentabilidade tem raízes profundas na história humana. Uma pesquisa liderada pela Universidade de Durham, no Reino Unido, analisou dados de quase 48 mil residências em aproximadamente 3 mil sítios arqueológicos ao redor do mundo, abrangendo os últimos 10 mil anos. Os resultados indicam que assentamentos com maior desigualdade de riqueza — medida pelo tamanho das casas — tenderam a durar mais. No entanto, a equipe ressalta que essa correlação não implica dependência causal, abrindo espaço para a possibilidade de um futuro sustentável sem disparidades extremas.

A pesquisa, publicada nos Anais da Academia Nacional de Ciências, integra uma edição especial que investiga as origens da desigualdade. O estudo utilizou registros arqueológicos para comparar a distribuição de riqueza e a duração da ocupação humana em diferentes períodos. Apesar da associação entre desigualdade e persistência, os pesquisadores destacam que sociedades complexas podem evoluir sem aprofundar disparidades.

Dan Lawrence, professor do Departamento de Arqueologia da Universidade de Durham e principal autor do estudo, explica que a sustentabilidade, conforme definida pela ONU, envolve não apenas a continuidade da civilização, mas também a redução das desigualdades. O trabalho sugere que, embora sistemas humanos maiores e mais hierárquicos tenham surgido ao longo da história, a humanidade não está condenada a repetir esse padrão.

O banco de dados compilado incluiu informações sobre estruturas sociais, agricultura e hierarquias, permitindo uma análise abrangente das dinâmicas históricas. Outros oito artigos na mesma edição especial exploram temas relacionados, reforçando a importância de entender as raízes da desigualdade para enfrentar desafios contemporâneos, como as mudanças climáticas.

As descobertas oferecem insights valiosos para políticas públicas, mostrando que a sustentabilidade não precisa ser alcançada às custas da equidade. Em um momento de crise ambiental e econômica, o passado pode servir como guia para construir sociedades mais justas e resilientes.


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