Saiba por que a vitamina D é importante e descubra como adquiri-la
A vitamina D é um importante nutriente para nosso organismo. Conhecida como a “vitamina do sol“, ela tem como sua principal função a absorção de cálcio pelo organismo, que é determinante para o desenvolvimento saudável dos ossos e dentes. Alguns estudos mostram que ela também é um nutriente que atua no sistema imunológico, protegendo órgãos como coração e cérebro, e age como hormônio, mantendo em quantidades adequadas o cálcio e fósforo presentes no sangue.
Esses nutrientes são necessários para manter os ossos, dentes e músculos saudáveis. A falta de vitamina D pode levar a deformidades ósseas, como raquitismo em crianças, e dor óssea causada por uma doença chamada osteomalácia em adultos.
Deficiência de vitamina D
A falta dessa vitamina no organismo pode trazer vários problemas de saúde, como problemas cardíacos, osteoporose, câncer, gripe, resfriado e doenças autoimunes como esclerose múltipla e diabetes tipo 1. Em mulheres grávidas, a falta de vitamina D eleva o risco de aborto, as chances de pré-eclâmpsia e a probabilidade da criança nascer autista.
A vitamina D é um nutriente crítico e tem muitas funções importantes no corpo. O suprimento da mãe é passado ao bebê no útero e ajuda a regular os processos, incluindo o desenvolvimento do cérebro. Um estudo publicado no The Journal of Nutrition mostrou que os níveis de vitamina D das mães durante a gravidez foram associados ao QI de seus filhos, sugerindo que níveis mais elevados na gravidez podem levar a maiores taxas de QI na infância. O estudo também identificou níveis significativamente mais baixos de vitamina D entre mulheres negras grávidas.
Além disso, a deficiência de vitamina D é comum entre pacientes com câncer, com um estudo relatando taxas de deficiência de vitamina D de até 72 por cento entre pacientes com câncer. Também há evidências de que maiores quantidades de gordura corporal estão associadas a um risco aumentado de vários tipos de câncer.
Um artigo publicado no JAMA Network Open relata que a vitamina D foi associada a uma redução geral de 17% no risco de câncer avançado. Quando a equipe analisou apenas os participantes com índice de massa corporal normal (IMC), eles encontraram uma redução de risco de 38%, sugerindo que a massa corporal pode influenciar a relação entre a vitamina D e a diminuição do risco de câncer avançado.
Além disso, uma pesquisa mostrou que as pessoas com deficiência de vitamina D são mais propensas a sofrer de doenças cardíacas e pressão arterial mais alta do que aquelas com níveis normais de vitamina D.
Dessa maneira, é muito importante atentar para o nível de vitamina D presente no organismo. Fraqueza muscular, doença renal crônica, diabetes e asma são alguns dos sintomas que podem indicar a deficiência da vitamina.
De acordo com a Food and Nutrition Board do Institute of Medicine, dos Estados Unidos, é recomendado que o consumo diário de vitamina D seja de 600 IU/dia e 800 IU/dia em pessoas com mais de 70 anos.
Onde encontrar
O sol é nossa principal fonte de vitamina D: 80% da formação dessa vitamina provém dos raios solares, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese dessa substância em nosso organismo por meio da exposição solar. Porém, o uso de protetor solar bloqueia a síntese de vitamina D no organismo, sendo necessário ficar atento ao horário exato de exposição para evitar problemas futuros.
Tomar sol intenso não é muito indicado para sintetizar vitamina D. O ideal é se expor ao sol em uma caminhada no fim da tarde, ao ar livre, com duração entre 15 a 20 minutos, com braços e pernas expostos e sem bloqueador solar já é suficiente.
A vitamina D também é encontrada em um pequeno número de alimentos fortificados, mas a principal forma adquiri-la é por meio do contato com a luz solar.
Caso o nível mínimo diário não possa ser atingido apenas com exposição solar, deve-se recorrer à suplementação de vitamina D. Mas é imprescindível obter orientação médica para fazer um exame de sangue e definir as doses exatas, pois o uso incorreto de suplementos pode causar ainda mais problemas. O excesso dessa vitamina pode elevar a concentração de cálcio no sangue, podendo levar à calcificação de vários tecidos, como o rimos.
Falta de apetite, muita sede, vômitos e diarreia, perda de peso, dores nos ossos e problemas musculares são alguns dos sintomas que podem indicar excesso de vitamina D. Vale ressaltar que o excesso desse nutriente se dá devido ao uso incorreto de suplementação. O consumo de alimentos e exposição ao sol excessiva não é o suficiente para tal fato.
A vitamina D3 só é encontrada em animais; já a vitamina D2 vem de alimentos de origem vegetal. Sua pele produz vitamina D3 quando você passa algum tempo exposto ao sol. A vitamina D2, por sua vez, é produzida por plantas e cogumelos expostos à luz do sol. Ambas podem ser suplementadas.
O Instituto Nacional da Saúde, dos Estados Unidos, diz que a máxima quantidade tolerada de vitamina D no organismo não deve ultrapassar 4000 IU/dia, mas essa quantidade pode variar de pessoa para pessoa, conforme idade ou tipo sanguíneo. Cabe ao médico avaliar a quantidade exata.