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Também conhecido como óleo de mamona, óleo de rícino diminui espinhas, combate candidíase e muito mais. Confira usos e propriedades

O óleo de rícino, ou óleo de mamona, é extraído da semente da mamona, sendo o principal produto derivado da mamoneira (Ricinus communis L.), que corresponde a aproximadamente 50% do total da semente. 

Este óleo vegetal não é tóxico como as sementes de mamona, pois a substância tóxica da mamona, a ricina, não é solúvel em óleo, sendo separada durante o processo de extração.

A extração do óleo pode ser feita por prensagem a frio ou a quente, ou por solvente. Primeiramente, as sementes passam por uma limpeza e são cozidas. Na prensagem, elas são degomadas para a obtenção do óleo. A torta que sobra da prensagem segue para a extração por solvente, onde é utilizado o hexano ou o etanol.

Para fins medicinais, o óleo é extraído por prensagem a frio, pois é mais límpido, incolor, livre de ricina e isento de acidez e impurezas. Já o óleo de rícino para fins industriais utiliza a prensagem a quente das sementes, obtendo-se um óleo límpido, brilhante, mas podendo ter, no máximo, 1% de acidez e 0,5% de impurezas.

Por suas propriedades de combate a fungos e bactérias que impedem o crescimento do cabelo, o óleo de rícino é muito usado para incentivar o crescimento capilar e promover a hidratação dos fios.

O óleo de rícino é composto por 95% de ácido ricinoleico, o que confere suas aplicações e diversos benefícios, o restante é dado pelos ácidos linoleico, oleico e palmítico. Devido ao ácido ricinoleico, o óleo de rícino possui largo emprego na indústria química e também é o responsável pela alta viscosidade e solubilidade em álcool. Pode ser usado como matéria-prima para o biodiesel.

Para saber mais sobre o óleo confira:

Para que serve o óleo de rícino?

Industrialmente, o óleo de rícino é utilizado na fabricação de tintas, vernizes, plásticos, colas, como matéria-prima de náilon e lubrificantes, pois é estável tanto em baixas como em altas temperaturas, e pode ser utilizado em compressores, transformadores e também na formulação de lubrificantes biodegradáveis.

Ele também tem uso cosmético e medicinal. No antigo Egito, o óleo de mamona era queimado como combustível em lâmpadas, usado como remédio natural para tratar doenças como irritação nos olhos e até mesmo dado a mulheres grávidas para estimular o trabalho de parto. Confira alguns benefícios do óleo de rícino.

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Laxante poderoso

Usar o óleo de rícino pode servir como laxante natural. Ele aumenta o movimento dos músculos intestinais, ajudando a expelir o bolo fecal e aliviar a constipação intestinal.

Quando ingerido, o óleo de rícino é digerido no intestino delgado, liberando o ácido ricinoleico, o principal ácido graxo da mamona. O ácido ricinoleico é então absorvido pelo intestino, estimulando um forte efeito laxante.

Um estudo mostrou que idosos que tomaram óleo de rícino apresentaram redução nos sintomas de constipação intestinal, incluindo a necessidade de menos esforço durante a defecação e diminuição na sensação de evacuação incompleta.

A recomendação é tomar uma colher de sopa, ou 15 ml. Por ter ação laxante rápida, espera-se que a evacuação aconteça entre uma e três horas após a ingestão do óleo de rícino.

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Apesar disso, a ingestão em altas doses pode causar efeitos colaterais como cólica abdominal, náusea, vômito e diarreia, de acordo com estudos.

Embora possa ser usado para aliviar a constipação ocasional, o óleo de mamona não é recomendado como tratamento para problemas de longo prazo.

A ingestão do óleo de rícino para fins medicinais não é indicada para grávidas, lactantes, crianças e pessoas com obstrução ou perfuração intestinal, cólon irritável, doença de Crohn, colite ulcerativa ou qualquer outro problema no intestino.

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Creme hidratante natural

O óleo de mamona é rico em ácido ricinoleico, um ácido graxo monoinsaturado. Esses tipos de gorduras atuam como umectantes e podem ser usados ​​para hidratar a pele. Os umectantes retêm a umidade evitando a perda de água através da camada externa da pele.

Além disso, o óleo de rícino tem um preço acessível e pode ser usado tanto no rosto quanto no corpo. Por ser bastante espesso ele pode ser diluído em outros óleos como o óleo de amêndoas, óleo de coco e óleo de semente de uva.

Embora aplicar o produto na pele seja considerado seguro para a maioria das pessoas, ele pode causar uma reação alérgica em alguns indivíduos.

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O óleo de rícino também ajuda a suavizar a pele seca e irritada. É rapidamente absorvido, estimulando a produção de colágeno, o que reduz rugas e estrias. Tem propriedades emolientes e umectantes que auxiliam na hidratação, elasticidade e maciez da pele. 

Como óleo de massagem, é ótimo para o relaxamento do corpo e para curar inflamações, como artrite, proporcionando uma sensação de bem-estar. No entanto, devido à alta viscosidade do óleo de rícino, ele deve ser misturado com outros óleos vegetais mais leves, como os já mencionados óleo de semente de uva ou de amêndoas doces, para facilitar no deslizamento da massagem.

Ele também pode ser aplicado nos cabelos, pele, cílios e sobrancelhas.

Acelera a cicatrização de feridas

Aplicar óleo de rícino nas feridas confere umidade à pele, melhorando o processo de cura. O óleo de mamona estimula o crescimento do tecido, e ainda protege a mucosa. Isso porque cria uma barreira entre a ferida e o ambiente, diminuindo o risco de infecção.

Também reduz a secura e a cornificação, o acúmulo de células mortas da pele que podem retardar a cicatrização de feridas.

As pomadas contendo o óleo ajudam na cicatrização de escaras, um tipo de ferida que se desenvolve a partir de uma pressão prolongada na pele. Um estudo, que analisou a cicatrização de escaras de 861 residentes de casas de repouso, mostrou que as feridas que foram tratadas com a pomada contendo óleo de rícino apresentaram maiores taxas de cura e menor tempo de cicatrização do que aquelas tratadas com outros métodos.

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Poderoso anti-inflamatório tópico

O ácido ricinoleico, o principal ácido graxo encontrado no óleo de rícino, possui propriedades anti-inflamatórias impressionantes. Estudos têm demonstrado que, quando aplicado topicamente, o óleo reduz a inflamação e alivia a dor.

As propriedades analgésicas e anti-inflamatórias do óleo de rícino podem ser particularmente úteis para quem possui doenças inflamatórias, como artrite reumatoide ou psoríase.

Estudos em animais e em tubos de ensaio mostraram que o ácido ricinoleico reduz a dor e o inchaço. Além disso, um outro estudo mostrou que o tratamento com gel contendo ácido ricinoleico levou a uma redução significativa da dor e da inflamação quando aplicado à pele, em comparação com outros métodos de tratamento.

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Diminui as espinhas

O óleo de rícino tem várias qualidades que podem ajudar a reduzir os sintomas da acne. Acredita-se que a inflamação seja um fator no desenvolvimento e na gravidade da acne. Portanto, aplicar o óleo na pele pode ajudar a reduzir os sintomas relacionados à inflamação.

A acne também está associada a um desequilíbrio de certos tipos de bactérias normalmente encontradas na pele, incluindo o Staphylococcus aureus.

O óleo de rícino tem propriedades antimicrobianas que podem ajudar a combater o supercrescimento bacteriano, quando aplicado na pele. Um estudo em tubo de ensaio revelou que seu extrato apresentou considerável poder bactericida, inibindo o crescimento de várias bactérias, incluindo Staphylococcus aureus.

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Combate a candidíase oral

A candida albicans é um tipo de fungo que comumente causa problemas dentários, como o supercrescimento de placa, infecções de gengiva e infecções do canal radicular. O óleo de mamona tem propriedades antifúngicas e pode ajudar a combater a candidíase oral.

Um estudo com 30 idosos com estomatite relacionada à prótese mostrou que o tratamento com óleo de rícino levou a melhorias nos sinais clínicos de estomatite, incluindo a inflamação.

Outro estudo descobriu que a escovação e a imersão das próteses em uma solução contendo óleo de rícino levaram a reduções significativas na Candida em idosos que usavam dentaduras.

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Óleo de rícino no cabelo

óleo de rícino para cabelo
Foto de Jornada Produtora na Unsplash

Muitas pessoas usam óleo de rícino em máscaras de tratamento como um condicionador de cabelo natural.

Ele é ótimo para aplicar em cabelos secos, e também em cabelos cacheados. Isso porque ajuda a lubrificar a haste capilar, aumentando a flexibilidade e diminuindo as chances de quebra ou de formação de frizz

Devido às suas propriedades anti-inflamatórias e hidratantes, o óleo de rícino também pode ser um tratamento eficaz para a caspa causada por dermatite seborreica e descamação.

Ele também favorece o crescimento dos fios e diminui a queda dos cabelos, pois ajuda no fortalecimento do couro cabeludo e na estimulação dos folículos capilares. Como apresenta propriedades antibacterianas e antifúngicas, ele também combate infecções e o crescimento de bactérias e fungos que poderiam impedir o crescimento capilar.

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Como usar óleo de rícino no cabelo?

Esfregue o óleo de rícino nas mãos, massageie o couro por cinco minutos e deixe agir nos cabelos por até 30 minutos. Massagear o couro ativa a circulação e ajuda a estimular o crescimento por causa da presença de ácido linoleico (ômega 6), que fortalece e nutre os fios. 

Você pode aplicá-lo de duas a três vezes por semana, usando continuamente por um período de tempo prolongado. Os resultados aparecem após alguns meses de tratamento. Você deve optar pelo óleo de rícino 100% puro, livre de qualquer química que possa ser nociva à saúde, como os parabenos.

O óleo de rícino também serve para cabelos ressecados, pontas duplas e coceira. Ele proporciona hidratação, deixando os cabelos sedosos e brilhantes. Para isso, aplique o óleo em todo o comprimento dos fios.

O óleo apresenta um odor forte, que pode incomodar algumas pessoas, portanto, evite sua inalação e utilize-o com algumas gotas (três gotas de óleo essencial para cada colher de óleo de rícino) do óleo essencial de sua preferência.

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O que o óleo de rícino pode causar?

Muitas pessoas usam óleo de rícino para tratar uma variedade de problemas, seja ingerindo-o ou aplicando-o na pele. Embora ele seja geralmente considerado seguro, pode causar reações adversas e efeitos colaterais indesejados em algumas pessoas, como:

  • Efeitos abortivos — evite seu uso durante a gravidez.
  • Diarreia;
  • Reações alérgicas durante o uso tópico — realize o teste de pele antes de usá-lo.

E lembre-se, as informações contidas neste site, embora embasadas pela ciência, não substituem a opinião de um profissional de saúde. Consulte um médico sobre qualquer condição de saúde e sintoma que apresentar e evite a automedicação. 


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