Os termos organismos geneticamente modificados e transgênicos não são sinônimos. Entenda as diferenças
É muito comum ouvirmos falar sobre organismos geneticamente modificados, os OGM, e transgênicos, principalmente devido às grandes polêmicas que esses assuntos geram. Eles fazem mal aos seres humanos? Apresentam riscos à biodiversidade? Essas questões são debatidas no mundo todo e repercutem na mídia. Mas saiba que organismos geneticamente modificados e transgênicos não são a mesma coisa. Entenda a diferença entre os dois tipos de manipulação genética.
Os organismos geneticamente modificados (OGM) são seres biológicos (sementes, plantas, insetos, animais) que sofreram alguma mudança artificial em seu material genético (DNA). Caso a mudança tenha sido apenas estrutural ou na função do próprio material genético do organismo sem ter havido introdução de um novo material genético de uma especie diferente, então esse organismo é considerado um OGM.
Quando há introdução de material genético de uma espécie diferente em outra, os organismos passam a ser, além de geneticamente modificados, transgênicos. Outra forma para entender o que são os transgênicos é a seguinte: a transgene (processo pelo qual se cria um organismo transgênico) em hipótese alguma ocorreria de forma natural, sem o uso das técnicas desenvolvidas pela engenharia genética.
Por outro lado, os OGM que não são transgênicos poderiam existir de forma natural, de acordo com o processo proposto por Charles Darwin e Alfred Wallace para explicar a adaptação e especialização dos seres vivos, a evolução – a diferença é que, de forma natural, o processo levaria muito tempo. Nunca se esqueça que todos os transgênicos também são organismos geneticamente modificados, porém nem todo OGM é um organismo transgênico.