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Conheça algumas histórias de sucesso e reflita sobre os impactos de suas ações neste Dia Internacional da Biodiversidade

22 de maio é o Dia Internacional da Biodiversidade. A data foi criada durante a Eco 92, no Rio de Janeiro, e passou a ser celebrada a partir de 1993. Todos os anos, o evento tem um tema, assim como acontece com o Dia da Água e o Dia da Terra. O tema de 2019 é “Nossa biodiversidade, nossa comida, nossa saúde”.

biodiversidade
O que é biodiversidade, sua importância e perdas

Em 2018 foi comemorado o aniversário de 25 anos da data, que marca a importância da luta pela preservação da biodiversidade. Agora em 2019, o Dia Internacional da Biodiversidade relembra os 26 anos da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), tratado internacional assinado por 196 países no Rio de Janeiro durante a Eco-92 e que entrou em vigor em 1993. Entre os pilares da Convenção se destaca o uso sustentável da biodiversidade, que envolve consumidores finais e cadeias produtivas, o que leva ao conceito de sociobiodiversidade.

Agora em 2019, em mensagem para Dia Internacional da Biodiversidade, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou que “a qualidade da água que bebemos, dos alimentos que comemos e do ar que respiramos depende da saúde do mundo natural”. Segundo ele, a biodiversidade é essencial para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e para responder à mudança climática.

O Brasil é o país com a maior biodiversidade do planeta. São 103 mil espécies de animais e 55 mil de vegetais distribuídas em 8,5 milhões de km2 e seis biomas – Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal –, além da zona costeiro-marinha.

Neste 22 de maio e ao longo do ano todo, é importante refletir sobre seu papel na preservação da biodiversidade. Para estimular o debate, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), uma organização da sociedade civil dedicada ao tema, publicou 12 histórias de sucesso, contadas na forma de imagens. Confira!

Celebre o Dia Internacional da Biodiversidade com histórias de sucesso

Leiopelma archeyi

Leiopelma archeyi
Imagem: Phil Bishop/IUCN

Natural da Nova Zelândia, a população deste sapo, de nome científico Leiopelma archeyi, caiu mais de 80% entre 1996 e 2001 – e continua em um nível perigoso. A espécie tem sido protegida e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) agora considera sua população como estável. As medidas de regeneração da espécie incluem protocolos de higiene, gerenciamento de habitats, proteção contra mineração, deslocamentos e controle de predadores.

Falcão de Maurício

Em 1974, o Falcão de Maurício (Falco punctatus) estava perto da extinção, com apenas quatro aves conhecidas, sendo apenas uma fêmea fértil. Os esforços para preservação incluíram reprodução em cativeiro, suplementação alimentar e controle de predadores. Atualmente, com uma população de cerca de 400 pássaros, a preservação é considerada um dos mais bem sucedidos projetos do tipo no mundo.

Falcão de Maurício
Imagem: Jacques de Speville/IUCN

Morcego Rodrigues

Morcego Rodrigues
Imagem: Jacques de Speville/IUCN

Essa espécie, de nome científico Pteropus rodricensis, costumava ser encontrada nas Ilhas Maurícia e Rodrigues, no oceano Índico, mas atualmente só existe na Ilha Rodrigues. Nos anos 1970, a população chegou a algo entre 70 e 100 morcegos, mas agora já está em cerca de 25 mil, em especial por conta de programas de reflorestamento e proteção.

Orangotango de Sumatra

Orangotango de Sumatra
Imagem: Chester Zoo/IUCN

Os orangotangos estão entre as muitas espécies ameaçadas de extinção por conta de práticas insustentáveis de plantação do óleo de palma, que desmataram grandes áreas de floresta tropical. O Orangotango de Sumatra (Pongo abelii) está criticamente ameaçado, com apenas um terço de sua população vivendo em áreas protegidas. O Zoológico de Chester, no Reino Unido, está lutando para ampliar a proteção às florestas tropicais no sudeste asiático e prevenir a extinção dos orangotangos.

Hapalemur

Hapalemur
Imagem: Russell A. Mittermeier/IUCN

O Hapalemur (Prolemur simus) só é encontrado em algumas áreas isoladas de floresta tropical em Madagascar. Considerado extinto, ele foi “redescoberto” em 1986 na região de Ranomafana. Ameaçado pela destruição de seu habitat e pela caça, essa espécie de lêmure tem sido protegida por diversas medidas. O trabalho junto a comunidades locais tem tido sucesso.

Eurynorhynchus pygmeus

Os pássaros da espécie, de nome científico Calidris pygmaea, retornam todo verão para Meinypil’gyno, no nordeste da Russia (foto), local que já foi considerado o único possível para reprodução das aves. A espécie chegou a ter apenas menos de 200 indivíduos em todo o mundo, por conta das migrações e de armadilhas para capturar pássaros. Foi implementado um programa de monitoramento e reprodução em cativeiro, que já criou e liberou mais de 100 aves.

Eurynorhynchus pygmeus
Imagem: Mark Simpson/IUCN

Cedro-do-líbano

Cedro-do-líbano
Imagem: James Hardcastle/IUCN

O vulnerável Cedro-do-líbano (Cedrus libani) é um importante símbolo cultural, presente inclusive na bandeira do país (em sua versão adulta). As medidas de preservação incluem projetos de plantação e educação com relação às áreas protegidas. A foto acima foi tirada na reserva natural de Al-Shouf, que corresponde a um quarto das florestas remanescentes do cedro no Líbano. A reserva é parte de um programa da IUCN para encorajar a preservação.

Tartaruga verde

Tartaruga verde
Imagem: James Hardcastle/IUCN

A tartaruga verde (Chelonia mydas) é protegida por diversos grupos e países. Na Austrália, um plano de recuperação trabalha para melhorar o status de conservação dessa espécie por meio de pesquisas e monitoramento via satélite.

Iguana azul

Iguana azul
Imagem: Sophie O’Hehir/IUCN

O programa de recuperação da iguana azul começou em 1990, nas Ilhas Cayman, com menos de 12 indivíduos cativos. Atualmente já existem cerca de mil iguanas azuis vivendo em reservas naturais em Grand Cayman. Desde então, a iguana se tornou um símbolo nacional e em 2012 a espécie foi reclassificada de criticamente ameaçada para ameaçada.

Panda gigante

Depois que foram descobertos, em 1869, os pandas gigantes (Ailuropoda melanoleuca) sofreram com a caça ilegal e com a perda de seu habitat natural. Um esforço de larga escala foi implementado para proteger os pandas e o bambu, sua principal fonte de alimento. O número de pandas já melhorou e a espécie atualmente passou de ameaçada para vulnerável.

Panda gigante
Imagem: Xinhua/REX/Shutterstock

Foudia rubra

Foudia rubra
Imagem: Jacques de Speville/IUCN

A Foudia rubra, cujo nome científico é igual, é um pássaro cantor originário da Ilha Maurícia, que sofreu com a perda de habitat e predação de ninhos. A espécie chegou a ter menos de 200 indivíduos em 1993. Os esforços de preservação já aumentaram esse número para cerca de 300.

Lobo-etíope

Lobo-etíope
Imagem: Tim Colston/IUCN

O lobo-etíope (Canis simensis) é o carnívoro mais ameaçado da África (e possivelmente do mundo). A espécie só existe na Etiópia e tem se beneficiado muito dos programas de preservação, que conservam o habitat e evitam a caça. Em anos recentes, algumas populações caíram cerca de 30% por conta de doenças espalhadas por cães domésticos, de modo que a preservação segue importante.


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