Por Nações Unidas Brasil | A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, e entidades parceiras conseguiram praticamente eliminar a oncocercose das Américas, após décadas de esforços e ações concertadas.
A doença também conhecida como “cegueira do rio” é causada por vermes minúsculos. Com o avanço, ela se tornou prevalente em apenas pequenos focos de transmissão localizados na Amazônia.
Marcelo Camargo/Agência Brasil Indígenas Yanomami chegam para o Acampamento Terra Livre, em Brasília, em 2018
A infecção é causada pela picada de moscas negras que crescem ao redor de rios e riachos perto de áreas rurais, por isso o apelido “cegueira do rio”.
Ainda não existe uma vacina para prevenir a doença, mas o tratamento com o remédio ivermectina, a cada seis meses, por um período de 12 a 15 anos, pode ajudar a conter a transmissão.
Nos anos 1990, a cegueira do rio era endêmica em seis países das Américas. E quase 540 mil pessoas corriam o risco de contraí-la. Atualmente, cerca de 28 mil indígenas yanomami, que vivem na fronteira do Brasil com a Venezuela, estão afetados pela infecção.
Em 1991, o Centro Carter, liderado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, foi um dos parceiros da Opas para combater a doença. Vários países das Américas se comprometeram a erradicar a transmissão na região com o apoio de doadores internacionais.
Foto: Opas/OMS/Karen González Abril Crianças indígenas na Amazônia
O programa desenhado pelo Centro Carter foi fundamental na ação de eliminar a infecção.
E entre 2013 e 2016, após décadas de implementação dessas medidas, alguns países notificaram o fim da doença: Guatemala, Colômbia, Equador e México.
O trabalho permanece agora em algumas áreas da Amazônia, onde a população dispersa e com desafios de mobilidade ainda enfrenta o perigo da contaminação.
A meta da Opas é alcançar todos esses rincões para erradicar, de uma vez por todas, a “cegueira do rio” nas Américas.
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Este texto foi originalmente publicado pela Nações Unidas Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.
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