Animais silvestres sofrem com os impactos humanos sobre sua biodiversidade há muito tempo. Ainda não é possível precisar quais as consequências que tais ações trarão para todo o meio ambiente, mas a maioria das evidências sugere que os seres humanos são os principais responsáveis pelo aumento da extinção de espécies.
Um artigo de Mauro Galetti, professor do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), produzido em conjunto com pesquisadores dos EUA, México e Reino Unido, mostra que o planeta está passando por uma das maiores fases de extinção de animais da história.
Em entrevista ao site da Unesp, Galetti explica que, no trabalho apresentado, o enfoque foi a redução das populações de animais e não a extinção de espécies, já que algumas delas podem não estar globalmente ameaçadas, mas sim extintas localmente. Isso afeta diretamente os ecossistemas naturais e a vida humana, pois enquanto a extinção de uma espécie é um processo lento, a extinção local de populações é rápida.
De acordo com o professor e seus colegas, há estimativas de que se perdem anualmente de 11 mil a 58 mil espécies, num universo de cinco a nove milhões de tipos existentes. E dentre os complexos fatores que estão por trás do processo que gera a defaunação, estão a caça para consumo ou como luxo, perseguição e destruição do habitat natural de diversas espécies. Além de grandes mamíferos, muitos invertebrados estão em declínio, como as borboletas.
Para que alternativas eficazes de conservação sejam colocadas em prática, é necessário foco nesse problema. Os animais beneficiam a vida dos seres humanos não apenas sendo provedores de alimento, mas também polinizando e dispersando plantas e sementes que ajudam no ciclo de vida da flora, além do controle de pragas e doenças. Um planeta com fauna prejudicada trará maiores obstáculos para a sobrevivência da própria espécie humana.
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