Os aditivos alimentares são substâncias usadas para modificar ou melhorar as qualidades sensoriais de certos alimentos, além de estender sua vida útil. Entre eles estão corantes, intensificadores de sabor ou outros conservantes e antioxidantes.
De acordo com a classificação da Anvisa, os aditivos são “qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais de um alimento”.
Existem diversos tipos de aditivos alimentares, alguns extraídos de plantas, minerais, animais, ou sintéticos. Os sintéticos são caracterizados por serem substâncias químicas.
Na maioria das vezes, os aditivos alimentares são necessários para conservação de alimentos durante toda a sua produção até a distribuição. Em grande parte, são seguros para o consumo e não causam maiores problemas. Porém, é possível que o consumo excessivo dessas substâncias possa ser prejudicial à saúde.
De acordo com a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (sigla em inglês FDA), existem dois tipos de aditivos alimentares, são eles:
Grande parte dos alimentos contém algum tipo de aditivo, principalmente se forem corantes ou conservantes. Eles se estendem em uma lista diversa, que contém pães, chocolates, iogurtes e alimentos processados.
Como já mencionado, os aditivos alimentares diretos têm o propósito de modificar alguma parte do alimento em questão. Entretanto, alguns aditivos são adicionados especificamente para enriquecer alguns alimentos com nutrientes.
Um exemplo disso é o ácido fólico, a forma sintética do folato. Em 2002 a Anvisa criou uma regulamentação aprovada pelo Ministério da Saúde que previa a fortificação de farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico. Em 2017, esse decreto foi atualizado para conter a quantidade necessária da vitamina como estipulado pela OMS.
De acordo com o que foi estabelecido, os fabricantes de farinhas são obrigados a enriquecer os produtos com 140 a 220 microgramas de ácido fólico para cada 100 gramas de farinha.
Os padrões internacionais para o uso seguro de aditivos são estabelecidos pelo Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares. Esse comitê leva em consideração todos os possíveis efeitos causados pelos aditivos, em quais quantidades e quanto tempo.
Todos os aditivos alimentares, sendo sintéticos como naturais, são avaliados pelo comitê. Contudo, dentro da regulamentação brasileira, o único fator exigido aos produtores dos alimentos é que os aditivos sejam listados na embalagem, mas não sua quantidade.
Uma pesquisa realizada pela UERJ comprova que a maioria dos alimentos industrializados do Brasil contém aditivos químicos. Embora a maioria dos aditivos tenha seu uso justificado, como já foi esclarecido anteriormente, os presentes nos alimentos processados são considerados “aditivos cosméticos”. De acordo com a pesquisa, aditivos cosméticos são desnecessários e apenas usados para tornar os alimentos mais atraentes.
Nesse caso, a maioria dos aditivos usados são os corantes, aromatizantes e emulsificadores.
Tipos específicos de aditivos alimentares já foram comprovados por causarem efeitos adversos na saúde humana. O uso de nitrito e nitrato em carnes processadas, por exemplo, já foi associado ao desenvolvimento de câncer colorretal.
O bisfenol A, um aditivo encontrado na embalagem de produtos industrializados, também pode resultar em problemas de saúde. Os alimentos embalados por recipientes de plástico são contaminados por diversos tipos de bisfenol, que são disruptores endócrinos mesmo em baixas doses. A ingestão de disruptores endócrinos está associada aos desenvolvimento de diabetes, síndrome do ovário policístico, câncer, infertilidade, doenças cardíacas, fibromas uterinos, abortos, endometriose, déficit de atenção, entre outras doenças.
A maioria dos aditivos alimentares não oferecem maiores riscos à saúde, porém, podem ser evitados. Para garantir uma alimentação saudável, longe de aditivos, opte por alimentos naturais, como frutas, verduras e legumes em vez dos super processados ou industrializados.
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