Conheça seis opções de adoçante natural para se livrar de uma vez por todas do açúcar branco e dos edulcorantes artificiais. Entenda:
“Açúcar” é o nome genérico dado para designar os diferentes tipos de carboidratos, como glicose, frutose, maltose, lactose e sacarose. Existem também os adoçantes ou edulcorantes, substâncias diferentes do açúcar utilizadas para dar sabor doce aos alimentos.
Sabemos que existem muitos problemas relacionados ao consumo excessivo de açúcar, como o aumento de peso, a obesidade e, por consequência, o risco de desenvolver diabetes. Várias pesquisas também apontam os efeitos negativos na saúde provenientes do consumo de adoçante, como a ingestão em menor quantidade de vitaminas e minerais devido ao maior consumo de produtos que contém esse elemento, como os refrigerantes diet.
O adoçante pode ser feito de edulcorantes naturais ou artificiais. As dúvidas sobre os efeitos na saúde estão relacionadas ao consumo de adoçantes que possuem edulcorantes artificiais, como o aspartame, que, ao ser metabolizado, origina produtos danosos ao organismo.
Por isso, adoçantes naturais são apontados como alternativas mais saudáveis.
Como dito anteriormente, existem outros tipos de adoçante que contém edulcorantes naturais, como o xilitol e o estévia. Confira:
O edulcorante estévia é extraído das folhas da planta Stevia rebaudiana (Bert.) Bertoni, originalmente encontrada desde o Paraná até o Paraguai, sendo a única dentre 200 espécies que possui o extrato usado como adoçante, apesar de ter um sabor levemente amargo.
Esse extrato, que adquire a característica de um pó branco e que não possui calorias, segundo estudo, é utilizado pela indústria de alimentos em bebidas, enlatados, biscoitos e gomas de mascar, tanto no Brasil como no Japão.
De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o estévia tem o poder de adoçar até 300 vezes mais que o açúcar comum, sendo que 16 mg do adoçante natural equivalem a uma colher de sopa de açúcar. A ingestão máxima permitida por dia de estévia é de 5,5 mg/kg de peso corporal.
Segundo pesquisa sobre as propriedades do estévia no tratamento contra o diabetes, o adoçante natural foi capaz de estimular a produção de insulina em testes realizados, mostrando-se efetivo no tratamento.
Outro aspecto positivo do estévia para a saúde, apontado pela mesma pesquisa, é a sua capacidade de atuar como antioxidante, combatendo radicais livres que podem destruir células saudáveis. O estévia também pode ser utilizado para o tratamento de uma doença genética chamada fenilcetonúria, que reduz a expectativa de vida da pessoa portadora, além de causar outros graves problemas.
O xilitol é um álcool obtido da glicose e da frutose. Ele possui a propriedade de limitar a proliferação de micro-organismos causadores de cárie nos dentes. O xilitol também é eficiente no combate à bactéria causadora de sinusites e infecções do ouvido.
Como o xilitol não depende da insulina para ser metabolizado pelo organismo, ele pode ser utilizado por pessoas com diabetes tipo I ou tipo II. Para pessoas que estão em estado de pós-operatório ou pós-traumático, o xilitol ajuda na metabolização eficiente da glicose pelo organismo. Isso porque proporciona um aumento limitado de insulina e glicose no sangue destas pessoas.
Outro beneficio proporcionado pelo uso do xilitol é no combate e tratamento da osteoporose. Ele é capaz de estimular a absorção de cálcio pelo intestino, permitindo que este passe do sangue para os ossos.
A família da planta chamada Agave sp. possui várias espécies capazes de produzir mel de agave ou xarope de agave. As plantas agave são nativas do México e de alguns locais dos Estados Unidos, como a Flórida. As espécies de agave são utilizadas há muitos séculos por indígenas dessas regiões como alimento e para preparo de bebidas.
A espécie Agave tequilana fornece a seiva para produção de tequila. Existem pesquisas que atestam a possibilidade de usar a substância para produção de etanol.
O mel de agave pode ser utilizado como um adoçante natural substituto do açúcar. Esse produto, segundo estudo, é extraído da agave após alguns anos do seu desenvolvimento e antes do período de floração. A seiva adocicada fica armazenada no centro da planta e então é extraída e filtrada. No México, o nome do mel ou xarope de agave é aguamiel.
O mel de agave é um antioxidante natural, probiótico e que possui índice glicêmico baixo (entre 20 e 30). Entretanto, ele não pode ser utilizado por diabéticos porque possui de 50% a 90% de frutose em sua composição.
A seiva de agave possui 16 calorias em uma colher de sopa, as mesmas calorias contida em uma colher de açúcar comum (sacarose). Porém a seiva é 70% mais doce do que o açúcar.
Desse modo, precisamos de menos quantidade de seiva. É importante que a agave seja utilizada com cautela. Principalmente por causa dos efeitos de aumento de peso e devido à grande quantidade de frutose nela presente.
O açúcar de coco é amplamente utilizado na Indonésia, sendo conhecido como nira. Na culinária, o ingrediente é usado em bebidas, lanches e molhos, como o típico molho de soja.
A matéria-prima para produção do açúcar de coco é a seiva das flores do coqueiro. Esta seiva é extraída da base das flores que ainda não brotaram. É feito um pequeno corte na base e então a seiva pode ser extraída. Isso rende litros, dependendo da quantidade de água que o coqueiro recebe.
O açúcar de coco possui pouca quantidade de glicose e frutose. Porém tem grandes quantidades de sacarose, vitaminas B e C, ferro, zinco, potássio e magnésio. Ele não é recomendável para pessoas diabéticas, apesar de possuir baixo índice glicêmico (35 a 54). O importante é sempre consultar o seu médico para ver se é possível incluir esse alimento na sua dieta.
Como a sacarose está presente em grande quantidade no açúcar de coco, é importante para os diabéticos que o total de sacarose não ultrapasse 10% do valor calórico total da sua dieta no dia. Além disso, a Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda que a sacarose seja substituída por outros carboidratos no plano alimentar. Para saber mais sobre o açúcar de coco, dê uma olhada na matéria:
A farinha de coco é obtida como subproduto do leite de coco. Pesquisas apontam que alimentos preparados com farinha de coco possuem índices glicêmicos baixos. Ou seja, quanto mais farinha de coco é adicionada ao alimento, menor o índice glicêmico encontrado.
Dessa maneira, a farinha de coco, que possui índice glicêmico 35, ajuda na prevenção e controle da diabetes. Além de fornecer alternativas para alimentos que possuem altos índices glicêmicos, como massas e pães.
Além desses benefícios, a farinha de coco é livre de glúten e possui muitas fibras e proteínas. Fazendo dela um dos melhores adoçantes naturais.
O xarope de bordo é um adoçante natural que serve como uma alternativa ao açúcar branco e ao mel de abelha. Mais conhecido no mundo como maple syrup, é a seiva circulante das árvores de bordo.
Apesar do nome ser pouco conhecido, a folha dessa árvore é bastante famosa. Isso porque está presente na bandeira nacional do Canadá, sendo considerada um emblema do país. Mais de 80% da produção do xarope de bordo vem da província de Quebec, no Canadá.
Apesar de ser alto em açúcares, ele contém vitaminas, minerais e baixo índice glicêmico. Saiba mais sobre esse adoçante natural na matéria:
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