Afasia é um problema na fala causado por danos em partes do cérebro que controlam a habilidade de falar e de entender a linguagem. A afasia pode aparecer de um dia para o outro, sendo causada por derrames ou lesões cerebrais, ou se desenvolver com o tempo, devido a um tumor ou doença neurológica progressiva.
Pessoas que têm afasia desenvolvem dificuldade em se expressar pela fala, entender a linguagem e ler. Este tipo de condição também pode coexistir com outros transtornos de fala, como disartria (fraqueza dos músculos da fala) e apraxia da fala (disfunção cerebral que impede que a pessoa faça alguns movimentos), que também são resultados de danos cerebrais.
A maior parte dos indivíduos que desenvolvem afasia é de meia idade, ou um pouco mais velha. No entanto, qualquer pessoa pode apresentar o transtorno, desde crianças até jovens e adultos.
Dependendo da área afetada no cérebro, o indivíduo com afasia pode ter diferentes níveis de habilidade quando se trata de falar e entender a linguagem dos outros.
Afasia expressiva: também conhecida como afasia de broca ou não fluente. Quem sofre de afasia expressiva entende melhor a fala dos outros, e tem mais dificuldades de se comunicar. Esses indivíduos não conseguem externalizar as palavras, e acabam emitindo frases curtas com omissões de palavras;
Afasia compreensiva: também chamada de afasia fluente ou afasia de Wernicke. Este padrão da condição faz com que a pessoa fale de forma mais fácil e fluente frases complexas. No entanto, essas frases não fazem sentido e costumam ter palavras irreconhecíveis, incorretas e desnecessárias. Essas pessoas não entendem os outros muito bem, e não percebem que os outros não a entendem facilmente;
Afasia global: este tipo de afasia é caracterizado pela baixa compreensão e a dificuldade de formar palavras e frases. A afasia global é resultado de danos sérios na área do cérebro responsável pela linguagem. Indivíduos que sofrem de afasia global também desenvolvem problemas de expressão e compreensão.
Existe uma lista de sintomas que pode apontar que uma pessoa está desenvolvendo afasia ou tendo um derrame, que pode resultar na condição. Uma pessoa com afasia costuma:
A afasia se desenvolve devido a um dano em uma ou mais áreas da linguagem no cérebro. A maior parte dos quadros de afasia é em decorrência de derrames, que acontecem quando um coágulo de sangue, uma veia com vazamento, ou que estourou, corta o fluxo sanguíneo em parte do cérebro.
Quando as células cerebrais deixam de receber o sangue necessário para carregar nutrientes e oxigênio, elas morrem. Além do derrame, golpes graves na cabeça, ferimentos de bala, infecções cerebrais e doenças neurológicas progressivas, como o Alzheimer, podem causar afasia.
Quem costuma diagnosticar a afasia é o médico responsável por tratar o dano cerebral que a pessoa sofreu. A maior parte dos indivíduos precisa passar por uma ressonância magnética, ou tomografia computada, que possa escanear o cérebro e confirmar a presença de uma lesão para identificar o local correto do dano.
Além disso, o médico precisa fazer com que o indivíduo passe por testes para descobrir a habilidade dele em entender a linguagem e falar. É comum que ele receba comandos para responder questões, nomear objetos, e tentar manter uma conversa.
No caso do profissional de saúde suspeitar de um caso de afasia, ele irá transferir o paciente para um especialista de patologia da fala-língua. Esse profissional vai realizar um exame sobre todas as habilidades de comunicação do paciente. A capacidade de falar, expressar ideias, conversar socialmente, entender a linguagem, ler e escrever são levadas em conta.
Em pessoas com algum tipo de dano cerebral, o tratamento da afasia começa com o tratamento da lesão. Esses indivíduos conseguem desenvolver sua fala e compreensão da linguagem com o passar do tempo. No entanto, além das técnicas para tratar a lesão cerebral, são aplicadas outras terapias.
As mais conhecidas e usadas são a terapia da fala e da língua, de comunicação não verbal – utilizando de computadores e imagens – e terapias em grupo, com os pacientes e seus entes queridos. Todos esses métodos têm o intuito de melhorar a vivência do indivíduo com afasia e reduzir os seus sintomas.
Muitas vezes, a afasia acaba deixando as pessoas solitárias. Isso porque, devido à sua dificuldade de se comunicar e compreender os outros, elas encontram obstáculos para formar laços. Por esse motivo, é muito importante que a família ofereça apoio para que esse indivíduo não acabe isolado, sempre fazendo o possível para o incluir no dia a dia. Confira a seguir algumas atitudes que podem ser tomadas por entes queridos de quem sofre com afasia:
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