Na cidade de Tshiavha, região montanhosa da África do Sul, a comunidade usa novas técnicas para obter água potável, eles coletam a neblina. O país tem 490 milímetros de chuva por ano, o que representa a metade da média mundial. Há previsões que a região enfrente escassez de água em 2025.
A água da neblina é coletada por meio de uma malha esticada e são transportadas, por canos, para o reservatório. A malha, de quatro metros de altura, lembra uma rede de vôlei, exceto pela canaleta que conduz as gotas para o tanque. O sistema já funciona nos Andes e no Himalaia.
As redes, instaladas nas escolas da cidade, já representam um alívio para a população. O sistema consegue armazenar 2,5 litros de água em um dia bom, e estão em uso desde 2007.
O acesso à água de qualidade reduziu o número de doenças relacionadas com a água – ingestão de micro-organismos patogênicos, e aumentou a qualidade de vida dos estudantes. Parte da água, coletada pelo sistema, vai para a horta que abastece a escola. O sistema torna-se barato, pois dispensa manutenção e equipamentos eletrônicos.
A província de Limpopo, ao norte, na fronteira com Botsuana, Zimbábue e Moçambique, onde fica o famoso Parque Nacional Kruger, é uma das regiões mais quentes do país. Mas esses lugares são uns dos poucos que não possuem um clima propício para a coleta de neblina. Só a neblina não é suficiente, é preciso vento para capturar a água na rede.
Iniciativas como essas atraem olhares para o país, que vai sediar a COP-17 (Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas), nos dias 28 de novembro a 9 de dezembro em Durban.
A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou em 28 de julho de 2010 a resolução que reconhece o acesso à água potável e ao saneamento básico, como direito de todo ser humano. Segundo este documento, votado pelos países-membros na Assembléia Geral, o fato de 884 milhões de pessoas não terem acesso, aos recursos básicos, é de “extrema preocupação”.
O número de pessoas sem acesso à água e rede de esgoto chega a 2,6 bilhões de pessoas. Estudos revelam que 1,5 milhões de crianças morrem, todo ano, antes de completar cinco anos de idade, por doenças hídricas. O acesso à água limpa e ao saneamento básico faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), uma agenda para erradicar e/ou reduzir males sociais até 2015.
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