Foto de Monserrat Soldú: https://www.pexels.com/pt-br/foto/planta-de-folha-verde-808153/
A agave é uma planta suculenta da família da Asparagaceae, comumente encontrada nas Américas e originária do México. Ao todo, existem cerca de 30 espécies da planta, sendo as mais populares a Agave Azul, Angustifolia, Palito, Dragão, Americana e Polvo.
Além de ser usada na produção de tequila, a planta é a matéria prima do xarope de agave, um adoçante natural. Por ser natural de regiões secas e quentes, a agave é mais comum em áreas da América do Norte, como os Estados Unidos e o México. No entanto, ela também é plantada no Brasil, sendo comumente encontrada como adereço do urbanismo.
A planta é comumente usada para a produção de bebidas alcoólicas, como a tequila. Para que seja preparado na tequila, o agave azul passa por uma maturação de cerca de oito a 12 anos, só assim ele alcança o nível de qualidade desejado. Quando está madura o suficiente para a produção da tequila, o seu néctar é retirado e enviado para a indústria de bebidas.
Se tratando do xarope de agave, ele é usado como um adoçante natural, livre de glúten e vegano. Ao contrário do açúcar normal, que é produzido a partir da cana, o xarope é rico em frutose, e tem baixos níveis de glicose. Isso garante que pessoas com diabetes tenham uma maior tolerância ao produto.
A alta concentração de frutose faz com que o agave seja mais doce do que a maioria dos adoçantes. Por esse motivo, é recomendada a menor ingestão do xarope. Ou seja, a aplicação sempre deve ser menor do que seria de açúcar. O xarope de agave é resultado do processamento, filtragem e evaporação do interior da suculenta, também chamado de “piña”.
Além disso, estudos da Universidade Estadual de Campinas, em parceria com a Shell e o Senai Cimatec na Bahia, apontam para um potencial do agave para bioenergia. Apesar de ainda ser necessário mais estudos, a biomassa da suculenta já apresenta grandes benefícios para a indústria dos combustíveis biodegradáveis.
Uma colher de chá de xarope de agave tem aproximadamente:
Baixo índice glicêmico: por ser rico frutose, e ter baixos níveis de glicose, a agave ajuda pessoas com diabetes a equilibrar os níveis de açúcar no sangue;
Pode ajudar no metabolismo: a presença da vitamina B6 é essencial para o funcionamento do metabolismo, pois ajuda a metabolizar os alimentos, principalmente proteínas e carboidratos;
Contribui para a digestão: outras propriedades benéficas da agave são os probióticos. Por ser rica nessas bactérias boas, a planta ajuda na limpeza e no bom funcionamento do trato digestório;
Atua como anti-inflamatório: o alto teor de flavonoides, antioxidantes poderosos, ajuda o organismo a lutar contra radicais livres e fortalecer a imunidade. Desta forma, a agave funciona como um ótimo anti-inflamatório para tratar feridas, queimaduras e picadas de insetos;
Ajuda na saúde dos ossos: o cálcio e o ferro presentes na agave são essenciais para o bom funcionamento do metabolismo, para o transporte de oxigênio nas células e para o fortalecimento dos ossos;
Menos é mais: o xarope de agave tem uma consistência mais espessa que outros adoçantes, o que significa que ele é mais fino e mais doce. Por isso, não é preciso muito para adoçar o café, só metade do que se usa de açúcar refinado;
Pode ajudar quadros de depressão: o folato e a vitamina K presentes no xarope de agave tem benefícios para a saúde mental. Apesar dos estudos serem limitados, especialistas apontam que ambos os nutrientes ajudam a reduzir os riscos de depressão;
Auxilia a saúde cardíaca: a vitamina B6 mantém os níveis de homocisteína, um aminoácido presente no sangue responsável pelo surgimento de doenças cardíacas, e protege o coração de problemas como AVC.
Por ter mais calorias que o açúcar comum, o xarope de agave pode ser um fator para o desenvolvimento de obesidade. Além disso, assim como outros açúcares, consumir a agave em excesso pode causar problemas no coração, cárie dentária e diabetes do tipo 2. O consumo feito por crianças deve ser evitado, pois o seu sistema digestório ainda não está pronto para digerir o produto.
Aplicar o agave diretamente na pele pode causar irritações, a melhor opção é sempre testar antes em uma pequena porção da pele antes de passar. A seiva da planta é uma das grandes causadoras de alergias.
Alguns especialistas defendem que o consumo de agave significa riscos à saúde devido a grande concentração de frutose em sua composição. Isso porque o organismo humano não metaboliza a frutose da mesma forma que a glicose. No entanto, alguns estudos de 2018 apontaram que os malefícios do agave estavam interligados ao alto consumo de calorias e não ao açúcar.
Outras alternativas para o agave são: extrato de baunilha, extrato de amêndoa, canela e cacau em pó.
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