Agricultura Biológica é “um modo de produção holístico, que promove e melhora a saúde do ecossistema agrícola, ao fomentar a biodiversidade, os ciclos biológicos e a atividade biológica do solo. Ela privilegia o uso de boas práticas de gestão da exploração agrícola, em lugar do recurso a fatores de produção externos, tendo em conta que os sistemas de produção agrícola devem ser adaptados às condições regionais”.
“Isto é conseguido, sempre que possível, através do uso de métodos culturais, biológicos e mecânicos em detrimento da utilização de materiais sintéticos”, de acordo com Organização dos Alimentos e Agricultura das Nações Unidas (FAO).
Esse tipo de agricultura pode ser conhecido no Brasil como “agricultura orgânica“, em países de língua inglesa, “agricultura ecológica” (termo também usado na Espanha e Dinamarca) ou “agricultura natural” no Japão.
A Agricultura Biológica apresenta diversas características importantes, como:
Os produtos de agricultura biológica proporcionam uma alimentação saudável e completa. Isso porque costumam produzir alimentos e fibras livres de agrotóxicos e mais ricos em vitaminas, sais minerais, proteínas e carboidratos.
Como dito anteriormente, esse estilo de agricultura não utiliza fertilizantes e pesticidas sintéticos, reduzindo a probabilidade de contração de danos à saúde, como câncer.
Essa prática estimula a população rural e restitui aos produtores a verdadeira dignidade e respeito que lhes são merecidos.
Nos solos fertilizados natural e organicamente, as culturas crescem saudáveis e desenvolvem seus verdadeiros sabor, aroma, textura e cor.
Respeita-se o equilíbrio da natureza e contribui-se para a manutenção de um ecossistema saudável. Dessa maneira, preservam-se os espaços rurais de forma a satisfazer as necessidades das gerações futuras.
A prática dessa agricultura é uma garantia permanente da manutenção da qualidade futura das águas, já que ela não utiliza produtos químicos.
A Agricultura Biológica é uma escola de Educação Ambiental e Social, introduzindo um modelo de desenvolvimento sustentável.
Os produtores de Agricultura Biológica são controlados e certificados por organismos de certificação. Esses órgãos seguem regras internacionais reconhecidas. Assim, garantindo a qualidade e procedência de todos os produtos assinalados e certificados como biológicos.
Os produtores dessa prática de cultivo criam empregos de forma digna e permanente, especialmente em zonas que abrigam populações desfavorecidas.
A perda da biodiversidade é um dos principais problemas ambientais da atualidade. A Agricultura Biológica recusa Organismos Geneticamente Modificados que põem em perigo as variedades de grande valor histórico e cultural.
Esse é um sistema de produção alvo de legislação específica na Europa. Lá, o Regimento n.º 834/2007 de 28 de junho de 2007, diz respeito à produção biológica e à rotulagem dos produtos biológicos. Ele estabelece normas detalhadas cujo cumprimento é controlado e certificado por organismos acreditados para o efeito. Esses produtos são reconhecidos pelo logotipo europeu de Agricultura Biológica.
As áreas reservadas para essa prática estão crescendo anualmente no mundo todo. De 1999 a 2013, elas passaram de 11 para 43,1 milhões de hectares. Assim, a Agricultura Biológica mostra-se uma alternativa pertinente à Agricultura Convencional.
Segundo a Embrapa, o termo surgiu por volta de 1920. Na época, apareceram movimentos e manifestações contrários à adubos químicos de síntese e a favor da prática de culturas baseadas nos processos biológicos naturais para a fertilidade do solo e outras práticas agrícolas.
Inicialmente, os movimentos foram divididos em quatro grandes vertentes: a Agricultura Biológica, Biodinâmica, Natural e Orgânica. Em meados de 1970, essas vertentes foram agrupadas e nomeadas como agricultura alternativa, o que nos dias atuais é conhecido por Agricultura Orgânica.
Os sistemas de Agricultura Biológica buscam otimizar:
Além de manter e melhorar o meio ambiente dentro e ao redor da exploração. Eles promovem práticas sustentáveis e de impacto positivo no ecossistema agrícola
Para isso, essa prática de cultivo não utiliza fertilizantes, pesticidas e inseticidas sintéticos e aplica técnicas e métodos de produção que promovem a fertilidade do solo. Algumas estratégias de manejo do solo, como o uso de adubos verdes, a compostagem, a rotação de culturas entre outros, reduzem a incidência de pragas, doenças e infestantes nas plantações.
A principal diferença entre o cultivo biológico e o convencional é a utilização de fertilizantes, agrotóxicos e pesticidas para a otimização do processo.
Além do uso de agrotóxicos, uma diferença entre os dois tipos de cultivo é a prática das monoculturas. Nela o agricultor faz o plantio de uma única espécie – o que prejudica a recuperação e manutenção do solo.
A agricultura convencional é considerada muito agressiva tanto ao meio ambiente quanto à saúde humana. Isso por se valer de mecanismos e tecnologias artificiais para a proteção da lavoura.
Dentre os principais riscos ao meio ambiente, causados pelo uso indiscriminado de agrotóxicos e fertilizantes, estão:
Em se tratando do uso indiscriminado dos fertilizantes nitrogenados, o impacto do óxido nitroso sobre o desequilíbrio do efeito estufa. Além de outros riscos ao meio ambiente.
Em relação à saúde humana, estudos comprovam danos associados à ingestão de alimentos contaminados por quantidade excessiva de agrotóxicos. Isso pode causar:
Além de serem substâncias possivelmente carcinogênicas. Uma solução encontrada para essa problemática foi a agricultura orgânica, que não utiliza agrotóxicos e pesticidas no seu cultivo. Desta forma, se ajusta às características do local e utiliza tecnologias naturais para a manutenção do plantio.
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