Responsável por gerar 70% da renda e dos empregos no campo, a agricultura familiar é quem de fato mata a fome no Brasil.
Em meio a uma profunda crise ampliada pela COVID-19 e com o retorno do Brasil ao mapa da fome, para qualquer região que você olhe há movimentos populares do campo e da cidade criando redes de solidariedade e de comercialização para garantir comida de verdade na mesa dos brasileiros. Se o temor de um desabastecimento não se concretizou no país durante a pandemia, foi graças à criatividade, à modernidade e à articulação de movimentos sociais camponeses e agroecológicos, que têm garantido a segurança alimentar especialmente das populações mais vulneráveis. Algo que nem governos, nem agronegócio foram capazes de fazer – ou apoiar.
A crise generalizada no Brasil trouxe à tona a vitalidade e a força social da agricultura familiar de base agroecológica, que há décadas fura obstáculos estruturais e o atual desmonte de políticas públicas para seguir produzindo alimentos sem veneno, regenerando solos degradados e gerando saúde para a população. Representando uma diversidade territorial, cultural, identitária e produtiva pulsante, as redes de agroecologia resistem, e estão mais vivas, modernas e atuantes do que nunca. Ao aliar ciência e sabedoria popular, elas propõem uma revolução necessária no atual modelo de produção e consumo de alimentos. Uma revolução em rede, conectada. E que já está em andamento.
Veja a seguir 7 histórias de pessoas que vivem de agroecologia:
1- Segredos da horta da Julieta
Carregando uma vida inteira de conhecimentos e saberes que vêm da terra, a agricultora Julieta Zang mostra sua farmácia a céu aberto, no assentamento Filhos de Sepé, do Movimento Sem Terra (MST), em Viamão, Rio Grande do Sul.
2- O que é agroecologia para Neneide?
Agricultora na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Neneide Lima é uma das centenas de mulheres nordestinas que fazem parte da Rede Xique Xique, uma rede porreta de produção e comercialização de alimentos agroecológicos.
3- O pequeno produz saúde
Cria de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Tiago de Freitas é uma das mais de 4 milhões de pessoas envolvidas com a produção familiar de alimentos no Brasil. Ele é um dos heróis brasileiros que resistem e continuam produzindo toneladas de comida sem veneno junto de sua família. Comida de verdade. Comida agroecológica.
4- Saúde na mesa ou na farmácia?
Lado a lado com outras centenas de famílias de agricultores gaúchos, Huli Zang ajudou a transformar o Brasil no maior produtor de arroz orgânico da América Latina. No Assentamento Filhos de Sepé, no município de Viamão, Huli Zang coloca em prática a política do MST, de produzir e levar para a mesa dos brasileiros alimentos saudáveis e sem agrotóxicos.
5- É possível cultivar alimentos sem agrotóxicos?
Reproduzindo os saberes populares que se misturam às evidências científicas, Valdemar Amorim, agricultor familiar do MST no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, Rio Grande do Sul, contribui todos os dias para fazer do Brasil o maior produtor de arroz orgânico da América Latina.
6- A terra é viva
Do alto de seus cabelos brancos, o agricultor José Andrade de Freitas, do Rio Grande do Norte, sabe que a saúde e o futuro das pessoas dependem de uma agricultura que trabalhe em parceria com a natureza e não contra ela.É por isso que ele e as centenas de famílias nordestinas que fazem parte da Rede Xique Xique produzem alimentos livres de agrotóxicos, e carregados de nutrientes e cultura.
7- Dicas para sua saúde
A nossa dica é simples e direta: fortalecer a agricultura familiar de base ecológica! Porque alimento é vida. É cultura. É identidade. É Brasil. Apoiar a agroecologia é espalhar sementes de vida, de justiça e de SAÚDE por todo o nosso país.
Você conhece o rosto de quem produz seu alimento?