Imagem de Pascale Amez em Unsplash
Albedo pode ser definido como a medida da quantidade de radiação solar refletida por um corpo ou uma superfície. Ele é calculado de acordo com o comprimento de onda da radiação solar, ou seja, a razão entre a quantidade de radiação que é refletida de volta para o espaço e a quantidade de radiação absorvida pela superfície. Em termos geográficos, o albedo representa a relação entre a quantidade de luz solar que reflete de volta pela superfície terrestre e a quantidade de luz recebida do Sol. Assim, afetando diretamente a temperatura de equilíbrio da Terra.
A medida (coeficiente de reflexão) varia de zero (absorção total de um corpo negro) a um (reflexão total de um corpo refletor), extremos teóricos inexistentes na natureza. Segundo especialistas, pode-se dizer que o albedo médio da Terra é 0,4. Isso significa que 60% da energia solar incidente fica retida no sistema terrestre. Esses valores podem ser medidos com alta precisão por meio de satélites, sendo posteriormente inseridos nos modelos de tempo e clima.
O albedo depende de algumas características da superfície, como cor, textura e umidade. Ele também varia de acordo com o ângulo de incidência solar. Ou seja, quanto mais perpendicular o ângulo entre o raio solar e a superfície, maior a tendência da radiação ser absorvida, diminuindo o poder de reflexão.
Consequentemente, o albedo também diminui. Ao amanhecer ou entardecer, o ângulo de incidência solar com a superfície é pequeno, aumentando a reflexão e o albedo.
Quanto mais reflexiva for uma superfície, maior o valor do albedo. Superfícies muito brancas, como a neve recém precipitada, refletem uma fração muito alta da radiação recebida, e têm um alto albedo. Locais como a Antártida, por exemplo, possuem áreas que refletem até 90% da radiação solar incidente.
Por isso, ela é considerada uma das áreas com o maior albedo na superfície da Terra. Por outro lado, superfícies mais escuras, como água, florestas ou asfalto, absorvem uma fração muito alta da radiação recebida. Isso resulta em um albedo baixo.
Alguns fatores podem gerar mudanças no albedo da Terra, fazendo com que ela absorva ou reflita mais radiação, como:
Mudanças na quantidade de radiação absorvida ou refletida pela Terra provocam impactos no balanço energético do planeta. Nos últimos anos, as emissões de gases do efeito estufa na atmosfera têm feito com que uma maior quantidade de energia emitida pelo Sol fique retida na Terra. Isso intensifica o efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global.
Com isso, especialistas climáticos mostram preocupação. Se o aquecimento global continuar, as geleiras e calotas polares derreterão, fazendo com que a água do oceano absorva uma maior quantidade de radiação. Como resultado, esse fenômeno é intensificado.
A poluição de microplásticos já é vasta em todo o mundo. Esse material, definido como partículas de plásticos com um diâmetro inferior a 5 milímetros, é considerado o principal poluente dos oceanos. E, além disso, a sua presença já foi comprovada nos cantos mais remotos da Terra, chegando até ao Monte Everest.
Um dos maiores problemas resultantes da poluição de microplásticos é a sua remoção do meio ambiente. Em conjunto com o seu tamanho, os microplásticos também possuem uma falta de uniformidade, tornando-os difíceis de detectar. Tudo isso contribui para a intensificação de seus impactos ambientais. Ainda mais quando considerada a sua influência no albedo.
A maior parte dos microplásticos deriva da degradação do plástico. Portanto, devido à natureza colorida dos plásticos produzidos pelo ser humano, eles podem absorver mais luz.
Além disso, o desgaste dos microplásticos os transforma em transparentes e translúcidos, o que pode aumentar sua capacidade de absorção de luz. Esta absorção diminui o albedo da superfície. A diminuição do albedo pode levar a um aumento na temperatura.
De acordo com um estudo, os reservatórios de usinas hidrelétricas são mais escuros do que a terra circundante, fazendo com que eles absorvam mais calor do que ela. Esse calor, no entanto, se infiltra lentamente na atmosfera, contribuindo para a intensificação do efeito estufa. Nesse sentido, especialistas sugerem que mudanças nos reservatórios de usinas hidrelétricas são necessárias para reduzir o efeito nocivo do albedo sobre o clima.
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