Foto de Vincent Eisfeld na Unsplash
O governo alemão planeja lançar uma campanha contra as mortes por ondas de calor, que estão cada vez mais frequentes com a chegada do verão no hemisfério norte. Se tudo der certo, as novas medidas preventivas serão implementadas na próxima semana.
Todos os anos, mais países sofrem em consequência do avanço das mudanças climáticas. A intensidade do calor em combinação com a falta de medidas preventivas é uma ameaça à saúde pública local, que fica vulnerável aos efeitos das temperaturas extremas.
O Ministro da Saúde, Karl Lauterbach, propôs um plano inspirado nas medidas tomadas pela França após a onda de calor de 2003 na Europa, que resultou em pelo menos 30 mil mortes (mais de 14 mil somente na França). Após as diretrizes rígidas para as ondas de calor, o sistema de alerta francês foi aplaudido pela ONU, que recomendou-o para outros países.
Baseando-se nisso, o ‘Plan Canicule’, como foi nomeado na Alemanha, envolve um sistema de avisos com códigos de cores com quatro níveis com base na temperatura, sistemas de refrigeração pública e preparação para cuidados de saúde. Além disso, uma proposta quer garantir que a temperatura nos hospitais seja limitada a 25ºC.
“Idosos, pessoas que recebem cuidados, pessoas com problemas de saúde, mas também crianças, grávidas e pessoas que passam muito tempo ao ar livre para trabalho ou lazer correm perigo quando as ondas de calor passarem pela Alemanha”, disse Lauterbach em uma reunião com representantes.
No ano passado, a Alemanha enfrentou ondas de calor extremas e períodos persistentes de seca. Dias quentes que atingiram 30ºC ou mais foram comuns durante o verão europeu.
Embora tenha atingido o recorde de calor nos últimos anos, a Alemanha decidiu não implementar medidas preventivas nacionais na época. Em vez disso, a responsabilidade recaiu sobre as autoridades locais, no entanto, poucos colocaram um plano em prática.
Dados do Robert Koch Institute apontam que durante 2018 e 2022 houve mais de 19 mil mortes relacionadas às ondas de calor na Alemanha.
Frente a isso, Lauterbach exige que o governo alemão introduza uma nova política para acabar com o fato de que “todos os anos milhares de pessoas morrem por calor excessivo”.
“Fizemos muito pouco no passado — queremos compensar isso agora”, disse o ministro na segunda-feira (26).
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