Alergia alimentar é uma reação do sistema imunológico que ocorre logo após a ingestão de determinados alimentos. Em pessoas alérgicas, mesmo uma pequena quantidade do alimento causador de alergia pode desencadear sintomas típicos, como problemas digestivos, urticária ou vias respiratórias inchadas. Em casos graves, pode ocorrer choque anafilático, que é potencialmente fatal.
A alergia alimentar acontece quando o sistema imunológico reage às proteínas dos alimentos como se fossem patógenos prejudiciais, reconhecendo-os erroneamente como bactérias, parasitas ou vírus. A maioria dos casos se desenvolve na infância e as crianças geralmente superam o problema, embora nem sempre seja esse o caso. Entretanto, elas também podem se desenvolver a doença na idade adulta, ainda que seja raro.
A alergia alimentar afeta cerca de 6% a 8% das crianças com menos de três anos de idade e até 5% por cento dos adultos. Não existe cura, mas algumas pessoas se livram do problema à medida que envelhecem.
É fácil confundir uma alergia alimentar com uma reação muito mais comum conhecida como intolerância alimentar. Embora seja incômoda, a intolerância alimentar é uma condição menos séria que não envolve o sistema imunológico.
Quando uma pessoa tem alergia alimentar, seu sistema imunológico reage exageradamente aos alimentos, produzindo anticorpos chamados imunoglobulina E (IgE). A ligação desses anticorpos ao alérgeno alimentar agressor causa os sintomas da reação alérgica.
Os anticorpos IgE não desempenham um papel nas intolerâncias alimentares, embora outras partes do sistema imunológico possam estar envolvidas. Os sintomas de intolerância podem ser semelhantes aos das alergias alimentares, mas normalmente demoram mais para aparecer.
Ao contrário de uma alergia, que é apenas em resposta a uma proteína, uma intolerância alimentar pode ocorrer também por causa de produtos químicos ou carboidratos nos alimentos. Às vezes, pode acontecer em razão da falta de enzimas necessárias ou de algum comprometimento da permeabilidade intestinal.
As pessoas costumam confundir as seguintes condições ou problemas com alergias alimentares:
O indivíduo não possui enzimas suficientes para digerir um alimento adequadamente. Por exemplo, pessoas com intolerância à lactose, que causa diarreia, gases, cólicas e inchaço, não possuem no corpo a quantidade de enzima lactase suficiente para digerir a proteína do leite.
Esta condição causa diarreia, constipação e dores de estômago. Pessoas com a Síndrome do Intestino Irritável geralmente têm intolerância a carboidratos fermentáveis.
Os gatilhos podem incluir sulfitos, que os fabricantes usam para conservar frutas secas ou alimentos enlatados.
Algumas pessoas podem se sentir mal só de pensar em um determinado alimento. As razões para isso nem sempre são conhecidas.
Após a ingestão de qualquer alimento com glúten, o indivíduo que sofre de doença celíaca pode apresentar diarreia, dor de estômago e inchaço, embora muitas pessoas sejam assintomáticas.
Para algumas pessoas, uma reação alérgica a um determinado alimento pode ser desconfortável, mas não severa. Para outras pessoas, uma reação alérgica a alimentos pode ser assustadora e até mesmo fatal. Os sintomas de alergia alimentar geralmente se desenvolvem dentro de alguns minutos a duas horas após a ingestão do alimento agressor.
Os sinais e sintomas de alergia alimentar mais comuns incluem:
A anafilaxia, ou choque anafilático, é um sintoma grave de alergia alimentar. Busque imediatamente orientação médica se você apresentar os seguintes sinais:
O tratamento de emergência é fundamental para a anafilaxia. Não tratada, a anafilaxia pode causar coma ou até a morte.
Quando você tem alergia alimentar, o sistema imunológico trata uma proteína específica em um alimento como uma substância nociva que pode causar doenças. Ele responde produzindo anticorpos IgE que desempenharão um papel no ataque a essa proteína.
Se você consome o mesmo alimento novamente, os anticorpos estão prontos, então o sistema imunológico reage imediatamente, liberando histamina e outras substâncias químicas na corrente sanguínea. Esses produtos químicos causam os sintomas de alergias alimentares.
A histamina faz com que os vasos sanguíneos se expandam e a pele fique inflamada ou inchada. Também afeta os nervos, causando coceira na pele. O nariz pode produzir mais muco, resultando em coceira, queimação e nariz escorrendo.
Por isso, geralmente o tratamento é feito com medicamentos anti-histamínicos, também conhecidos como antialérgicos, que inibem a ação da histamina no corpo. Se você suspeita que sofre com o problema, procure orientação médica para obter um diagnóstico de alergia alimentar mais preciso, que pode ser feito com um teste cutâneo simples.
Em adultos, a maioria das alergias alimentares é desencadeada por certas proteínas contidas em frutos do mar, como mariscos, camarão, lagosta e caranguejo; amendoim; nozes e castanhas; e alguns peixes.
Já nas crianças, as alergias alimentares são comumente desencadeadas por proteínas do amendoim, nozes, ovos, leite de vaca, trigo e soja.
Os fatores de risco de alergia alimentar incluem:
Você corre um risco maior de ter alergias alimentares se complicações como asma, eczema, urticária ou alergias como a febre do feno forem comuns em sua família.
Se você já é alérgico a um alimento, pode correr maior risco de se tornar alérgico a outro. Da mesma forma, se você tiver outros tipos de reações alérgicas, como febre do feno ou eczema, o risco de ter uma alergia alimentar é maior.
As alergias alimentares são mais comuns em crianças, especialmente bebês e crianças pequenas. Conforme você envelhece, seu sistema digestivo amadurece e seu corpo tem menos probabilidade de absorver alimentos ou componentes dos alimentos que desencadeiam alergias.
Asma e alergia alimentar geralmente ocorrem juntas. Quando o fazem, tanto a alergia alimentar quanto os sintomas de asma têm maior probabilidade de ser graves.
Certifique-se de ler os rótulos dos alimentos com atenção e não tenha vergonha de perguntar os ingredientes do seu prato em restaurantes e lanchonetes.
Se você já teve uma reação grave, use uma pulseira ou colar de alerta médico que permite que outras pessoas saibam que você tem uma alergia alimentar, caso tenha uma reação e não consiga se comunicar. Procure avisar aos seus amigos e familiares sobre o problema.
Pode ser necessário carregar um autoinjetor de epinefrina se você estiver sob risco de uma reação alérgica grave.
Se necessário, leve uma caixa térmica com alimentos livres de alérgenos quando viajar ou for a um evento.
Fontes: Allergist, Mayo Clinic, Medical News Today
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