A alfabetização digital é a habilidade de usar tecnologias de comunicação de modo eficaz a fim de conseguir identificar, avaliar, criar e compartilhar informações importantes. A habilidade requer que o indivíduo possua ou desenvolva habilidades cognitivas e técnicas e, principalmente, um pensamento crítico que permita o processamento de informações.
Por se tratar de um tipo de alfabetização, a comunicação também é parte da fundação dessa tecnologia. Poder se comunicar abertamente, receber informações e compartilhá-las claramente com outras pessoas é importante para o desenvolvimento dessas habilidades.
Embora o consumo de informações derivadas de meios de comunicação tecnológicos seja similar ao consumo de meios impressos, o usuário precisa desenvolver diversas outras habilidades que aprofundam o seu conhecimento na área. Um exemplo disso é que, muitas vezes, meios digitais possuem mais ferramentas do que os impressos, contendo hiperlinks, áudios e vídeos que permitem o aprofundamento das informações.
Desse modo, a alfabetização digital cobre todas essas ferramentas que possibilitam o entendimento dos meios tecnológicos.
Os oito componentes da alfabetização digital são:
De acordo com Joaquim Miro, sócio da Hoppin’ World, a alfabetização digital possui quatro pilares, que são descritas como as habilidades de:
Com essas habilidades, o indivíduo é capaz de compreender e usar eficientemente diversos recursos tecnológicos.
Muito se associa a alfabetização digital, ou a sua falta, com o compartilhamento de fake news. E, embora essa ferramenta de aprendizado não seja completamente associada às mídias sociais, ela é tão presente no meio como em qualquer outro espaço digital.
Uma teoria popular sobre isso é de que o compartilhamento de notícias e informações falsas é resultante da falta da alfabetização digital de alguns indivíduos. No entanto, poucas pesquisas realmente investigaram a ligação entre a alfabetização digital e a suscetibilidade de acreditar em informações falsas.
Por isso, o Scientific American liderou a sua própria pesquisa, onde entrevistou mais de mil pessoas que representam a população americana. Para a análise, especialistas compartilharam matérias falsas e verdadeiras sobre a COVID-19 e também mediram a alfabetização digital de cada participante. Assim, examinaram a associação entre ambos os meios e dois possíveis resultados: crença e vontade de compartilhar notícias precisas ou falsas sobre esses tópicos.
De acordo com os resultados, os pesquisadores conseguiram concluir que a alfabetização digital é, de fato, um bom indicador da capacidade de diferenciar informações precisas de informações falsas. Porém, também descobriram que as pessoas mais alfabetizadas digitalmente eram tão propensas a dizer que compartilhariam artigos falsos quanto as pessoas que não tinham alfabetização digital.
A teoria levantada pela pesquisa é de que as mídias sociais são uma distração, em que as informações são recebidas e compartilhadas em alta velocidade. Além disso, a atenção das pessoas, mesmo as alfabetizadas digitalmente, está mais concentrada na opinião e validação do público.
Com o avanço da tecnologia, o mundo se tornou cada vez mais digital. Em dias atuais, é difícil se desprender da internet para fazer coisas mundanas, como acessar a sua própria conta bancária.
As promessas da praticidade da tecnologia converteram o mundo em uma grande rede movida pela internet. E, embora ela possa realmente facilitar a comunicação e a propagação de informações, muitas pessoas não experimentaram essas tecnologias em primeira mão.
Por isso, a alfabetização digital é importante. Ela possibilita um entendimento de milhares de ferramentas de busca que estão a um toque de distância.
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