A alfafa (Medicago sativa), é uma planta apreciada pelo seu conteúdo superior de vitaminas, minerais e proteínas, em comparação com outras fontes de alimentação. Assim como o feijão, a lentilha e o grão-de-bico, ela é uma leguminosa e pode ser usada na forma de broto de alfafa para incrementar e embelezar saladas.
Acredita-se que essa representante das leguminosas seja originária da região Central e do Sul asiático, mas seu cultivo ocorre em várias regiões do mundo há séculos, principalmente, em climas temperados. Seu plantio serve, principalmente, na produção de feno para alimentar vacas gestantes da indústria da produção de leite.
Além de ser utilizada como alimento, ela também tem uma longa história de uso como planta medicinal para humanos e de alimentação para o gado. Por ser uma leguminosa, a alfafa também tem a capacidade de fixar o nitrogênio do ar no solo com a ajuda de bactérias fixadoras.
Suas sementes ou folhas secas podem ser tomadas como um suplemento. Ou as sementes podem ser germinadas e comidas sob a forma de brotos. Tais brotos aumentam ainda mais seu potencial nutricional e vitamínico. Saiba mais sobre esse tema na matéria: “Por que cultivar brotos comestíveis?“.
Essa leguminosa geralmente é consumida pelos seres humanos como um suplemento de ervas ou na forma de brotos. Elas são tipicamente ricas em vitamina K, vitamina C, cobre, manganês e folato.
Uma xícara (33 gramas) de brotos de alfafa, com apenas oito calorias, corresponde às seguintes porcentagens da IDR (Ingestão Diária Recomendada):
Essa mesma quantidade ainda contém um grama de proteína e um grama de carboidrato. A alfafa também possui um alto teor de compostos bioativos, que incluem saponinas, cumarinas, flavonoides, fitosteróis, fitoestrógenos e alcaloides.
Um estudo em animais descobriu que, em média, ingerir 40 gramas de sementes de alfafa três vezes ao dia diminui o colesterol total em 17% e o colesterol LDL considerado “ruim” em 18% após oito semanas.
Outro pequeno estudo concluiu que 160 gramas de sementes de alfafa por dia poderiam diminuir os níveis de colesterol total no sangue. Esse efeito foi atribuído ao alto teor de saponinas, que são compostos de plantas conhecidas por reduzir os níveis de colesterol.
No entanto, é importante notar que não existem muitas evidências desse mesmo efeito em seres humanos.
Um uso tradicional desta planta é como um agente antidiabético. Um estudo descobriu que os suplementos de alfafa diminuíram os níveis elevados de colesterol total, LDL e VLDL em animais diabéticos. Além disso, eles melhoraram o controle de açúcar no sangue.
Outro estudo em camundongos diabéticos descobriu que o extrato da planta reduziu os níveis de açúcar no sangue. Isso porque aumentou a liberação de insulina do pâncreas.
A alfafa é rica em compostos vegetais chamados fitoestrógenos, que são quimicamente similares ao hormônio estrogênio. Isso significa que eles podem causar alguns dos mesmos efeitos no organismo que o estrogênio. Os fitoestrogênios são controversos, mas podem ter vários benefícios. Eles podem aliviar os sintomas da menopausa que são causados pela diminuição dos níveis de estrogênio.
As implicações dessa planta nos sintomas da menopausa não foram extensivamente pesquisadas. Porém, em um estudo os extratos da planta melhoraram suores noturnos e ondas de calor em mulheres, aumentando o seu bem-estar.
Os efeitos estrogênicos também podem ter outros benefícios. Um estudo de sobreviventes de câncer de mama descobriu que as mulheres que comiam essa planta tinham menos distúrbios do sono.
Essa planta tem uma longa história de uso na medicina ayurvédica para tratar condições causadas por inflamação e dano oxidativo. Isso porque ela é um poderoso antioxidante, prevenindo os danos causados pelos radicais livres.
Alguns estudos descobriram que a alfafa tem a capacidade de reduzir a morte celular e os danos no DNA causados pelos radicais livres. Isso acontece com a redução da produção de radicais livres e melhora na capacidade do corpo de combatê-los.
Um estudo em camundongos descobriu que o tratamento com a leguminosa poderia ajudar a reduzir os danos causados por derrame ou lesão cerebral.
Há uma longa lista de usos tradicionais da alfafa como erva medicinal, que incluem a redução da pressão arterial, atuação como diurético, aumento da produção de leite materno, tratamento da artrite e eliminação de pedras nos rins.
De fato, a planta é muitas vezes reconhecida como um galactagogo à base de plantas, o que significa que pode estimular a produção de leite materno. Ela é um dos medicamentos tradicionais mais populares utilizado como galactagogo, juntamente com a planta Nigella sativa e o feno-grego.
Uma revisão de 2014 publicada na revista Procedia explorou o uso de galactagogos de ervas, incluindo alfafa, em pais que amamentam. A pesquisa avaliou as respostas de 83 participantes que usaram galactagogos de ervas e relataram seu nível de satisfação.
A alfafa era a erva mais utilizada e a maioria dos participantes (67) relataram satisfação com as ervas, enquanto seis estavam insatisfeitos e 10 não tinham certeza.
A maioria desses benefícios à saúde propostos ainda não foi pesquisada. Portanto, é importante frisar que a planta não pode ser utilizada para o tratamento dessas condições de saúde e não substitui, de forma alguma, a opinião de um profissional de saúde.
Assim como outras plantas medicinais e terapias alternativas, a alfafa com esse propósito deve ser um tratamento complementar e supervisionado por um profissional de saúde. Também lembre-se de alertar o seu médico, ou médica, de qualquer alteração na sua dieta e se o seu quadro específico pode ser beneficiado pelo uso da planta. Além disso, fique atento aos possíveis riscos e efeitos colaterais associados a alfafa.
Embora a alfafa seja provavelmente segura para a maioria das pessoas, ela pode causar efeitos colaterais prejudiciais para alguns indivíduos. A leguminosa pode causar estimulação ou contrações uterinas. Portanto, deve ser evitada durante a gravidez.
Os brotos de alfafa são ricos em vitamina K . Embora isso beneficie a maioria das pessoas, pode ser perigoso para quem toma medicamentos que afinam o sangue, como a varfarina. Isso porque a vitamina K torna esses medicamentos menos eficazes .
Além disso, a planta é contraindicada para quem possui lúpus ou algum outro distúrbio autoimune. Foram notificados casos em que suplementos de alfafa causaram a reativação do lúpus em algumas pessoas. Em um estudo com macacos, os suplementos causaram sintomas semelhantes ao lúpus.
Acredita-se que esse efeito seja devido a possíveis efeitos imunoestimulantes do aminoácido l-canavanina, que é encontrado na alfafa.
As condições úmidas necessárias para brotar sementes de alfafa são ideais para o crescimento bacteriano. Consequentemente, brotos vendidos em lojas às vezes são contaminados por bactérias. Vários surtos bacterianos foram associados a esses brotos no passado.
Comer brotos contaminados pode adoecer, mas a maioria dos adultos saudáveis se recupera sem consequências a longo prazo. No entanto, para pessoas com um sistema imunológico comprometido, uma infecção como essa pode ser muito séria.
Assim sendo, a FDA (Food And Drugs Administration) aconselha crianças, mulheres grávidas, idosos ou qualquer outra pessoa com um sistema imunológico comprometido a evitar brotos de alfafa.
Suplementos podem ser usados em forma de pó, tomados como um comprimido ou utilizados para fazer chá de alfafa. Mas é difícil recomendar uma dose segura ou eficaz.
Outra maneira de adicionar a planta à sua dieta é comendo-a como brotos. Eles podem ser incluídos em sua dieta de muitas maneiras, adicionando sanduíches, saladas, sopas e outros pratos.
Você também pode comprar alfafa seca, que pode ser fervida em água com outras ervas para fazer um chá ou moída e adicionada a smoothies e outros sucos de frutas.
Você pode comprá-los em lojas de produtos naturais ou produzi-los em casa.
Saiba como plantar brotos de alfafa em casa na matéria: “Kit Broto Fácil permite germinar sementes em casa com praticidade“, ou siga o passo a passo a seguir:
Como já mencionado, os brotos de alfafa podem ser consumidos de diversas maneiras. Seja em saladas, sanduíches ou refogados. Contudo, é importante lavar bem os brotos antes de usá-los.
A alfafa é uma fonte de doenças transmitidas por alimentos e, portanto, cozinhá-la antes do consumo é importante para evitar possíveis contaminações. Além disso, devido a essa característica da planta, pessoas com o sistema imunológico baixo, gestantes, crianças e idosos devem evitar o seu consumo cru.
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