As algas marinhas fornecem boa parte do oxigênio do planeta, entre outros benefícios
As algas marinhas são organismos fotossintetizantes, ricos em nutrientes, que vivem predominantemente em ambiente aquático (oceanos). São conhecidas por contribuírem significativamente para a produção de oxigênio disponível.
Elas também servem como abrigo para inúmeros animais marinhos, tendo assim um grande papel nos ecossistemas. A alga é um dos primeiros seres a habitar o planeta e hoje é usada para diversos fins.
Para o que servem as algas marinhas?
Elas são a base da vida marinha, e tanto as macroalgas como as microalgas são essenciais para a manutenção dos serviços ecossistêmicos. As algas marinhas também têm grande importância econômica.
São famosas por serem parte de um dos mais reconhecidos ícones da culinária japonesa, o sushi. Mas as algas têm um valor inestimável para a humanidade.
Ao contrário do que diz o senso comum, as florestas não são os pulmões do mundo. Esses são as algas, que produzem cerca de 55% de todo o oxigênio do planeta. Mas os benefícios das algas marinhas não param por aí.
Outro benefício das algas marinhas é que elas também ajudam na prevenção do câncer e nos tratamentos de doenças de pele e capilar. Em geral, o alimento é rico em fibras, e ricas em vitaminas, minerais, e nutrientes, como iodo, cálcio, fósforo, magnésio e ferro. Além disso, as algas marinhas também contêm vitamina K, que é anti-hemorrágica e melhora a saúde do sistema gastrointestinal. Como alimento, as algas também contêm propriedades anti-inflamatórias.
Duas substâncias encontradas em várias espécies de algas marinhas têm características antioxidantes e fotoprotetoras. São os carotenoides (pigmentos orgânicos) e as micosporinas (um tipo de aminoácido). Dessa forma, com essas substâncias provenientes das algas, seria possível até produzir filtros solares e antioxidantes naturais. Estes servem para combater radicais livres que podem causar diversos problemas à saúde.
Principais tipos de algas marinhas comestíveis:
Nori
A nori, meio arroxeada e que fica um verde quando se seca, é uma das algas marinhas mais conhecidas. Afinal, essas algas verdes são usadas para enrolar sushis e temakis.
Kelp
A kelp é uma classe de algas marinhas com ótimas propriedades nutritivas e capazes de prover diversos benefícios para a saúde humana. Grande parte do benefício alimentar se deve aos minerais presentes nas algas kelp. Elas são ricas em oligoelementos, como ferro, vanádio, silício, zinco e boro.
Só para se ter uma ideia, há mais oligoelementos nesses animais do que no sal marinho não refinado. Além disso, elas são abundantes em iodo, importante para o funcionamento da glândula tireoide, que controla diversos processos metabólicos no corpo.
Por isso, muitas vezes são comercializadas como kelp iodine. Ela é uma das algas encontradas no mercado em formato de flocos, com o pigmento castanho claro a verde escuro.
Hijiki
A hijiki é a que tem o sabor mais intenso de todas as algas.
Kombu
A kombu é uma das algas mais usada em sopas, vendida em tiras e pequenas folhas.
Arame
A arame, como diz o próprio nome, tem forma de arame e um gosto mais doce e ameno. Isso quando comparada a grande maioria das algas.
Ágar-ágar
Por fim, existem as algas vermelhas, chamadas de ágar-ágar, que são muito usadas em gelatinas.
Algas podem ser usadas para despoluir esgoto e em outros serviços sanitários
Um estudo realizado na Universidade de São Paulo mostrou que as algas marinhas reduzem a poluição no esgoto. Ao crescer, as algas unicelulares do gênero Chlorella ajudam a despoluir o líquido e, ao mesmo tempo, produzem quantidades apreciáveis de biomassa. Essa biomassa pode ser usada in natura, processada como adubo ou utilizada para a produção de biocombustíveis.
As algas marinhas para serviços sanitários podem economizar 74 milhões de dólares por ano no sistema de saúde, aponta pesquisa. O estudo, que foi realizado por especialistas da Universidade de Palermo, na Itália, observou as propriedades de redução de patógenos apresentadas pelas algas. O objetivo era analisar a capacidade sanitária desses organismos.
Novas pesquisas deverão ser feitas para analisar a eficácia das algas marinhas no controle de patógenos. Contudo, de acordo com a pesquisa, o investimento dessa descoberta seria capaz de reduzir em até 24 milhões os casos de gastroenterite.
Algas marinhas e agricultura
Na agricultura também é possível notar os benefícios das algas marinhas. Elas aumentam a resistência de estresse das plantas como pimentões, tomates, maçãs, pêssegos, laranja-lima, cravo-amarelo, trigo, milho, feijão e cevada.
Além disso, os extratos de algas contribuem para a formação de sistema de raízes e aumento no conteúdo da clorofila. Além da resistência ao estresse e diminuição do envelhecimento das células vegetais. Assim, as algas marinhas podem ser utilizadas como fertilizantes e na correção do pH do solo.
Algas marinhas podem ajudar na segurança alimentar
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo procuraram melhorar o crescimento das plantas usando uma abordagem de manipulação genética para melhorar a eficiência da fotossíntese. A equipe utilizou algas que, na pesquisa, desenvolveram uma estrutura fotossintética especial.
Os resultados são promissores. Com a utilização das proteínas das algas, seria possível aumentar o rendimento de safras vitais como a do arroz, trigo e soja. Assim, aumentando a produtividade em 60% e tornando-as mais resistentes aos impactos das mudanças climáticas. Isso ajudará a alimentar a crescente população do planeta e garantir segurança alimentar.
Portanto, seja produzindo o nosso oxigênio ou fortalecendo a dieta, as algas marinhas são bastante benéficas.