Alicina: o que é e para que serve

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A alicina é um dos principais componentes ativos do alho. Ela é produzida quando o alho é picado ou amassado, o que ativa a enzima aliinasa, que, então, transforma a aliina em alicina. O componente é uma forma de proteção natural da planta contra o ataque de herbívoros e é responsável pelo cheiro característico do alimento. 

Por ser um componente instável, a alicina só é presente no alho fresco e cru e qualquer temperatura acima de 60ºC a mata. Ele sobrevive por um período curto, mas seus níveis podem ser elevados ao deixar o alho descansar por volta de 10 minutos depois de ser cortado. Quando cozinhamos com o alimento, é comum que ele seja o primeiro ingrediente na panela, porém, para aumentar sua eficiência, é indicado que ele seja adicionado quando o prato estiver praticamente pronto. 

Por ter diversos benefícios à saúde, além de ser encontrada no alimento, a alicina também é comercializada em forma de suplementos. Porém, esses não contém a substância pura por conta de sua instabilidade. 

Ela também pode ser encontrada na cebola e outros membros da família Allioideae, porém, seus níveis são mais altos no alho. 

Benefícios 

Mesmo sendo um mecanismo de defesa da planta, a alicina também proporciona diversos benefícios comprovados para a saúde humana. 

Efeito antioxidante

Pesquisas mostram que a alicina tem capacidade antioxidante. Sendo assim, ela pode ajudar a diminuir os riscos de estresse oxidativo — danos celulares e cerebrais causados por radicais livres. 

Saúde cardiovascular

Foi comprovada a sua ação na saúde dos vasos sanguíneos. Ela ajuda a aprimorar a circulação sanguínea e diminui os riscos de desenvolvimento de aterosclerose — uma doença caracterizada pelo acúmulo de gordura nas artérias. 

Além disso, estudos confirmaram sua eficácia na diminuição do colesterol LDL e do colesterol total. Ela também auxilia na diminuição da pressão arterial sistólica em até oito pontos. 

Portanto, pode ser comprovada a sua influência positiva no organismo, na saúde dos vasos sanguíneos e consequentemente na saúde do coração.

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Efeitos antibacterianos

Por conta de uma reação de enzimas, a alicina também tem propriedades antibacterianas. Essa substância pode ajudar a inibir a proliferação de bactérias, fungos, vírus e o crescimento de leveduras — como as que causam a candidíase. Suas propriedades também podem causar a morte de células resistentes a antibióticos. O alho é um alimento que aumenta a imunidade, e por isso, ajudam o organismo a combater patógenos.

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Anticâncer

A alicina também pode ser fundamental na diminuição de risco do desenvolvimento de câncer. O Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos indicou o alho como um ótimo agente que pode parar a proliferação de células cancerígenas. O componente pode ajudar em casos de câncer de mama, cólon, fígado, próstata, ovário e pele. 

Contraindicações

Em casos específicos o consumo de alicina pode não ser indicado. É possível que a substância aja contra a eficácia de alguns remédios, suplementos dietéticos, e óleos essenciais. 

Como o alho ajuda a evitar a formação de coágulos sanguíneos, ele também pode causar sangramentos excessivos, principalmente em pessoas que tomam medicamentos anticoagulantes. 

Não existem pesquisas que comprovem se o uso da alicina em crianças, mulheres grávidas ou que amamentam é seguro.

Efeitos colaterais

A ingestão de alicina, seja pelo alho ou por cápsulas pode resultar em sintomas como náusea, diarreia, azia e gases.  

Júlia Assef

Jornalista formada pela PUC-SP, vegetariana e fã do Elton John. Curiosa do mundo da moda e do meio ambiente.

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