Mulher caminha com carrinho de compras pelo mercado. Imagem de Brittani Burns na Unsplash
Alimentos processados são aqueles que passaram por algum tipo de processamento, modificação ou adição de ingredientes. Seja para aumentar sua vida útil, alterar seu sabor ou aparência.
Isso inclui a adição de diferentes substâncias ao alimento — aditivos como conservantes, corantes e sabores artificiais. Estes tipos de alimentos são comuns na dieta moderna e podem estar presentes em muitos itens de supermercado.
O processamento de alimentos é o conjunto de técnicas utilizadas para transformar matérias-primas brutas em alimentos prontos para o consumo. Existem vários métodos de processamento de alimentos, dependendo do tipo de alimento e dos objetivos desejados. Alguns exemplos incluem:
Todos esses processos envolvem várias etapas, como limpeza, seleção, corte, cozimento, envasamento e embalamento. Eles podem ser feitos manualmente ou por meio da utilização de máquinas e equipamentos especiais.
Os alimentos processados podem conter altos níveis de açúcar, sal, óleos e gordura. Isso pode causar problemas de saúde, como obesidade, diabetes e doenças cardíacas. Além disso, eles também são produzidos por substâncias sintetizadas em laboratório a partir de alimentos e de outras fontes orgânicas como petróleo e carvão.
Os alimentos processados geralmente têm listas longas de ingredientes nocivos. Alguns exemplos incluem conservantes, corante, aromatizantes, realçadores de sabor e sabores artificiais.
Eles também podem ter informações nutricionais que indicam altos níveis de açúcar, sal e gordura.
A melhor maneira de identificar alimentos processados é ler os rótulos dos produtos. Além de procurar por itens com muitos aditivos e conservantes, evitando-os quando possível.
Um relatório apresentado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), realizado entre 2000 e 2013 em 13 países latino-americanos constatou que houve um aumento na venda per capita de produtos ultraprocessados, acompanhado do aumento do peso corporal médio das populações desses países.
Trata-se de um indicador de que estes produtos são um dos principais fatores das taxas aumentadas de sobrepeso e obesidade na região. Os alimentos processados podem contribuir para o aumento de peso e obesidade. Isso porque muitos deles contêm altos níveis de açúcar, sal e gordura.
Além disso, esses alimentos são altamente palatáveis e podem levar ao consumo excessivo.
Optar por alimentos frescos e naturais, e evitar alimentos com muitos aditivos e conservantes, pode ajudar a prevenir a obesidade.
Os ingredientes mais comuns em alimentos processados incluem açúcar, sal, gordura, conservantes, corantes e sabores artificiais.
Ao ler os rótulos, é importante ficar atento a esses itens e evitar aqueles com muitos aditivos químicos.
Uma maneira de evitar alimentos processados é optar por dietas baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados. Ou seja, alimentos frescos e naturais, como frutas, verduras e legumes.
Sim, os alimentos processados podem afetar negativamente a saúde. Isso se dá devido aos altos níveis de açúcar, sal e gordura, bem como agrotóxicos, que costumam ser encontrados em altas concentrações nos alimentos ultraprocessados e processados.
É importante limitar o consumo de alimentos processados e optar por uma dieta rica em alimentos frescos e naturais.
Os benefícios dos alimentos processados incluem vida útil prolongada, conveniência e sabor aprimorado.
No entanto, é importante considerar os possíveis riscos para a saúde antes de incluir esses alimentos na dieta.
Resultado de uma parceria entre o Nupens FSP-USP e o Ministério da Saúde, o Guia Alimentar para a População Brasileira foi lançado em 2014. Ele propõe uma nova classificação dos alimentos, baseados no grau de processamento. Essa que substitui a classificação da pirâmide alimentar que foi abolida desde o ano de 2010.
Existem quatro grupos dentro dessa classificação, que incluem alimentos:
Segundo o guia, os alimentos processados são fabricados pela indústria de alimentos com a adição de açúcar, de sal ou de outra substância de uso culinário a alimentos in natura para torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar. São produtos derivados diretamente de alimentos e são reconhecidos como versões dos alimentos originais.
Ou seja, incluem alimentos em conserva, extratos, frutas em calda ou cristalizadas, alguns tipos de pães e alguns enlatados — como sardinha e atum.
Por outro lado, o termo “alimentos processados” também é usado para descrever o que o guia alimentar descreve como alimentos ultraprocessados. São eles produtos que estão prontos para consumo, necessitando de aquecimento ou não, são formulações industriais feitas inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivados de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas como petróleo e carvão.
Dessa forma, outros exemplos de alimentos processados incluem alimentos prontos para comer, como macarrão instantâneo, bolachas recheadas, presuntos, queijos, leite, salsichas e refrigerantes.
São considerados alimentos processados e ultraprocessados:
Alimentos enlatados, congelados e embalados também podem ser considerados processados.
A produção e transporte de alimentos processados podem contribuir para a poluição, além de afetar a biodiversidade.
A produção de alimentos processados pode poluir o solo de várias maneiras. Por exemplo, a monocultura (cultivo de apenas uma espécie de planta), pode degradar a qualidade do solo, tornando-o menos propício para outras culturas.
O uso excessivo de pesticidas e fertilizantes químicos utilizados na agricultura intensiva pode contaminar o solo e as águas subterrâneas.
A produção de alimentos processados geralmente requer grandes quantidades de energia e água, o que pode contribuir para o desequilíbrio ecológico.
Além disso, a produção e o transporte desses alimentos também podem contribuir para a emissão de gases de efeito estufa e a poluição por plástico, causando impactos ambientais.
Optar por alimentos orgânicos produzidos por técnicas da agroecologia pode ajudar a reduzir esses impactos.
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