O amaranto é um cereal originário do Peru conhecido por ser rico em nutrientes. Como parte de uma alimentação saudável, ele é considerado uma fonte de proteína, fibras, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais.
E, como se deve consumir o amaranto? Os flocos podem ser consumidos tanto de forma salgada como doce e geralmente é cozido como a aveia ou para substituir o arroz, também podendo ser usado de forma crua.
Uma xícara (246 gramas) de amaranto cozido contém:
Os benefícios do amaranto são muitos, e suas sementes vêm ganhando fama por seu alto valor biológico. Além de serem fonte de antioxidantes, elas facilitam a digestão, ajudam a reduzir o colesterol ruim e promovem o emagrecimento saudável, aumentando a sensação de saciedade.
Uma revisão de estudos descobriu que os grãos de amaranto têm alto teor de ácidos fenólicos, que são compostos vegetais que atuam como antioxidantes. Estes incluem ácido gálico, ácido p-hidroxibenzóico e ácido vanílico, que ajudam a fortalecer o corpo contra doenças cardíacas e do câncer.
Coração e ossos também se beneficiam do consumo de amaranto, que ainda auxilia na cicatrização de feridas. Além disso, a semente é rica em proteínas, sendo uma das formas vegetais mais ricas do nutriente que existem. Essas proteínas são facilmente absorvidas pelo corpo, ajudando no ganho de massa muscular, e contêm todos os aminoácidos essenciais para nossa saúde – inclusive a lisina, que muitas vezes não é encontrada nos grãos de cereais.
Embora contenham alguns antinutrientes, eles podem ser eliminados com o aquecimento. Você pode germiná-las, cozinhá-las, refogá-las e assá-las para removê-los. O alimento é capaz, também, de ser um substituto livre de glúten da farinha de trigo.
Sabe o que também pode ser bastante nutritivo? A folha do amaranto!
Dependendo da espécie e do tipo de solo, as folhas podem variar entre verde, amarelo e vermelho.
Comparadas com o espinafre, elas contêm o triplo de vitamina C, cálcio e vitamina B3. Também têm dez vezes mais carotenos que o tomate.
Que tal experimentar uma receita simples com essa folha que traz tantos benefícios? Confira.
Ao todo, acredita-se que o amaranto não possui toxicidades conhecidas e é bom para consumo geral. Como já mencionado, a presença dos antinutrientes nesse grão pode ser diminuída através do cozimento correto do alimento.
Por outro lado, pessoas com intolerância à proteína lisinúrica, devem evitar o seu consumo. Ele pode causar diarreia e dor de estômago. Além disso, outro efeito colateral da lisina aumenta a absorção de cálcio do corpo e traz uma quantidade de cálcio livre e causadora de danos ao corpo.
Para pessoas com problemas de hipoglicemia, o consumo excessivo do cereal pode ser potencialmente perigoso devido à sua capacidade de diminuir os níveis de insulina.
Além de possuir diversos benefícios à saúde, muitos acreditam que o amaranto pode ter um papel essencial na luta contra a fome. De fato, muitos referem-se ao alimento como um “cereal que pode alimentar o mundo”.
Porém, isso só ocorreu devido à resiliência de povos originários.
Os astecas e os maias cultivavam o amaranto como fonte de proteínas, mas também para fins cerimoniais. Porém, quando os conquistadores espanhóis chegaram ao continente no século XVI, ameaçaram cortar as mãos de qualquer pessoa que cultivasse a colheita, temendo que a ligação espiritual dos indígenas às plantas e à terra pudesse minar o cristianismo. No entanto, a planta continuou sendo cultivada.
Já na Guatemala, o amaranto enfrentou outra quase extinção quando as forças estatais começaram a atacar o povo maia e a queimar seus campos durante a guerra civil. Para preservar os seus alimentos tradicionais, os agricultores maias colocavam punhados de sementes em frascos de vidro para enterrarem nos seus campos ou esconderem-se sob as tábuas do chão.
A luta contra a opressão desses povos contribui para que o cereal continuasse como parte da alimentação da população local. Ademais, isso possibilitou que ele fosse um aliado na luta contra a fome local.
Uma única planta de amaranto produz centenas de sementes. E, em regiões nativas que focaram no cultivo do cereal, o alimento foi capaz de oferecer independência econômica, além de também oferecer um caminho para a soberania alimentar.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais