Amásia é um supercontinente que está previsto para surgir daqui a aproximadamente 300 milhões de anos com o desaparecimento do Oceano Pacifico
Amásia é o nome dado para o próximo supercontinente que está previsto para surgir daqui a aproximadamente 300 milhões de anos. O nome é em decorrência do continente que possivelmente vai surgir a partir da união da América com a Ásia, sumindo totalmente com a existência do Oceano Pacifico.
Segundo teorias científicas, a Terra tem um ciclo de supercontinentes que ocorre uma vez a cada 600 milhões de anos. Até o momento existem três desses fenômenos que foram catalogados por especialistas nos últimos 2 bilhões de anos: Nuna, Rodinia e Pangea.
Acredita-se que o supercontinente mais velho seja o Nuna, que aconteceu há cerca de 1.8 bilhões de anos atrás. Logo depois ocorreu a formação de Rodinia, a 1 bilhão de anos atrás, seguido pelo mais recente, a Pangea, que foi a pelo menos há 200 a 300 milhões de anos. Essas junções entre os continentes costumam durar 100 milhões de anos. Depois disso, as placas tectônicas começam a se mover de forma que iniciam a separação da terra.
Como o próximo supercontinente da Terra vai se formar?
A Amásia, e outros supercontinentes, são e serão formados pelo movimento das placas tectônicas no interior da Terra. Esses movimentos acontecem pois a temperatura dessa região é muito alta, o que provoca um movimento circular.
A movimentação das placas gera a formação de montanhas, fossas oceânicas, atividades vulcânicas, terremotos e tsunamis. Mas, também, com o passar do tempo — cerca de milhões de anos — ela também causa a união do solo, formando os supercontinentes.
De acordo com cientistas da Universidade de Curtin, o processo de formação da Amásia começará com o estreitamento do Oceano Pacifico. Isso porque ele é o oceano mais antigo existente, sendo constituído pelo o que restou do super oceano Pantalassa, do período da Pangea. Ou seja, partes dele existem há mais de 600 milhões de anos, e seu tamanho vem diminuindo consideravelmente desde a era dos dinossauros.
Assim que o Oceano Pacifico sumir completamente, o processo de nascimento da Amásia começará. Segundo o autor do estudo, Chuan Huang, a Australia terá um importante papel na conexão da Ásia com a América, sendo completamente cercada e deixando de ser uma ilha.
Lentamente, os outros continentes se juntarão e formarão um único supercontinente, com um solo e biodiversidade diferentes do que se encontra hoje no planeta. Os cientistas da universidade de Curtin defendem que, devido ao isolamento da parte central da Amásia, o vasto interior do supercontinente se tornará um grande deserto árido. Além disso, espera-se que o nível do mar reduza, enquanto a massa terrestre irá manter a mesma latitude atual.
É preciso ter medo?
A Amásia vai existir em uma época em que provavelmente não estaremos aqui para ver. Não se sabe nem se a humanidade vai sobreviver mais 300 milhões de anos para presenciar essa mudança drástica na formação terrestre. Outro ponto importante é que todas essas informações são teorias, ainda não foram totalmente confirmadas.
Ou seja, no futuro, a Amásia que está sendo prevista pode ser completamente diferente, ou até mesmo com apenas uma ou duas características distintas. Até porque, a teoria da Universidade de Curtin é uma das mais recentes, e antes dela, outras vieram. Como a da Universidade de Yale, dirigida pelo professor Ross Mitchell, que defendia que a Amásia iria se formar em pelo menos 100 milhões de anos.
Muito provavelmente a Terra como se conhece hoje não existirá com o surgimento da Amásia. Apenas o tempo poderá dizer a verdade sobre a teoria do futuro supercontinente, e caberá a nova geração de cientistas comprová-la.