Amazônia tem queda de 60% no desmatamento, mas está na mira das petroleiras

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O desmatamento na Amazônia brasileira teve uma queda de pelo menos 60% em julho, comparado ao mesmo mês do ano anterior, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Esse rápido progresso foi impulsionado por uma mudança de política após o novo governo liderado por Luiz Inácio Lula da Silva assumir o poder, aplicando medidas para penalizar grileiros, expulsar garimpeiros ilegais e proteger áreas de preservação.

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Esses resultados, baseados no sistema de alerta por satélite Deter, serão divulgados nos próximos dias, mas revelam melhorias em relação ao mesmo mês do ano passado.

Essa conquista da esquerda tonifica a expectativa para a Cúpula Amazônica que acontecerá em Belém, reunindo oito nações com florestas tropicais para fortalecer a cooperação regional e buscar a proteção da floresta e combate à desigualdade.

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No entanto, enquanto a Amazônia registra redução no desmatamento, a região está cada vez mais na mira de petroleiras internacionais, que buscam aumentar suas reservas de petróleo e gás na área. Países como Brasil, Colômbia, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname estão explorando ou planejando a exploração de combustíveis fósseis, apesar das consequências ambientais e climáticas. 

A busca por novas reservas e a exploração de áreas sensíveis estão gerando preocupações entre ambientalistas e indígenas, que têm resistido a esses projetos. 

A proteção da Amazônia e seus povos tradicionais é um tema crucial para o mundo, e a ministra Marina Silva propõe que cada país elabore um plano de ação para proteger a floresta e combater a desigualdade e a degradação ambiental.

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Enquanto isso, no Equador, o país realiza um plebiscito para decidir se a exploração de petróleo em uma zona ambientalmente sensível da Amazônia deve ser paralisada. Essa consulta põe fim a uma reivindicação judicial da sociedade civil que já dura dez anos sobre o Parque Nacional Yasuní, um componente precioso da biodiversidade amazônica, ocupado por povos indígenas. 

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O resultado do plebiscito pode impactar diretamente a região, suas comunidades e a diversidade biológica que ela abriga.

A América Latina, com exceção de algumas iniciativas de países como a Colômbia e o Brasil na redução do desmatamento, ainda enfrenta grandes desafios para a transição energética e a proteção ambiental. As ações de conservação, redução do desmatamento e busca por fontes de energia mais limpas são fundamentais para enfrentar a emergência climática e proteger o meio ambiente da região amazônica.

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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