Em seminário no Rio de Janeiro, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou, em 31 de outubro, que, anualmente, em todo mundo, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de comida são desperdiçadas. Encontro no Museu de Arte (MAR) da capital fluminense reuniu especialistas para discussões sobre como reduzir o volume de alimentos que é jogado fora sem ser devidamente aproveitado.
“Na América Latina e no Caribe, estima-se que, por ano, 15% de tudo que é produzido é perdido ou desperdiçado. Só os alimentos desperdiçados no varejo, por exemplo, dariam para alimentar mais de 30 milhões de latinos”, afirmou o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic. O dirigente lembrou que, atualmente, 815 milhões de pessoas passam fome no planeta. “É uma triste contradição que precisa ser combatida urgentemente.”
Promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a União Europeia e o Word Wildlife Fund (WFFF) do Brasil, o evento no Rio contou com a participação de representantes de governos da Dinamarca, Espanha, França, Holanda e Suécia, além de integrantes do setor privado. Dirigentes apresentaram boas práticas e iniciativas que conseguiram diminuir a quantidade de alimentos que se perde ao longo das cadeias de produção.
Bojanic explicou que, no Brasil, a FAO apoiou a criação e a realização de reuniões do Comitê Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição, cujo objetivo foi desenvolver uma estratégia de ação para instituições governamentais, sociedade civil e empresas. Proposta visava combater as perdas de alimentos.
“Além disso, a FAO também apoiou esse Comitê por meio de um consultor que produziu um diagnóstico sobre o tema no Brasil e a proposta de estratégia de redução das perdas e desperdícios”, acrescentou o representante da agência da ONU.
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