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Mineração de ametista afeta negativamente o solo e os corpos d’água do sul do Brasil
A ametista é uma variedade do cristal de quartzo, possuindo sua mesma fórmula química, SiO2. Isso significa que ela é composta de silício e oxigênio, com cada átomo de silício ligado a quatro átomos de oxigênio.
A cor roxa da ametista é devido à presença de traços de ferro e manganês na estrutura cristalina. Ela ocorre naturalmente em diversas regiões do mundo, e especialmente no sul do Brasil. O que torna o país um dos maiores produtores de ametista do mundo.
O nome “ametista” deriva do grego amethystos, que significa “não intoxicado”. Isso expressa a antiga crença popular de que o cristal protege seu dono contra a embriaguez. O cristal já foi associado ao deus do vinho, Baco, da mitologia romana, ou Dionísio, da mitologia grega.
Ele também foi mencionado por historiadores cristães como “a pedra do bispo” por seu possível poder de proporcionar clareza e sobriedade. Atualmente, monges budistas ainda fabricam rosários de ametista, pois o cristal era precioso para Buda.
Por eras, foram consideradas pedras preciosas e usadas em joias religiosas e joias da coroa real. Durante o século XIX, quando foram descobertas pela primeira vez em depósitos brasileiros, eram consideradas equivalentes em valor ao rubi, esmeralda e safira.
Como é formada?
A ametista é uma “pedra” que se forma na crosta terrestre a partir do mineral quartzo. Uma das teorias mais aceitas é de que o cristal se forma em veios hidrotermais. Essas são fraturas na crosta terrestre preenchidas com fluidos quentes ricos em minerais.
Esses fluidos podem conter sílica dissolvida, que é o principal componente do quartzo, bem como traços de ferro e outras impurezas. À medida que os fluidos esfriam e solidificam, eles formam cristais de quartzo. Que podem, assim, desenvolver a cor violeta característica da ametista se as condições certas estiverem presentes.
Porém, outra teoria é de que elapode se formar nas cavidades e fraturas de rochas como resultado da precipitação de águas subterrâneas. Esse processo é conhecido como “deposição secundária”. Ele pode ocorrer quando a água que carrega minerais dissolvidos infiltra-se no solo e reage com minerais existentes. Os cristais resultantes podem crescer ao longo do tempo, formando geodos de ametista e outras estruturas.
Mineração de ametista e seus impactos ambientais
Acredita-se que a mineração de ametista pode impactar negativamente o meio ambiente.
Segundo um estudo, há um total de 600 minas explorando geodos de ametista no Sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul. Atualmente, mais de 300 minas estão ativas, o que resulta em grandes quantidades de rejeitos de rocha.
Esses resíduos industriais consistem em rocha basáltica alterada hidrotermicamente. Eles são acumulados de forma insustentável ao longo das minas, alterando a paisagem e afetando negativamente o solo e os corpos d’água.
Além disso, a mineração em geral é conhecida por seus impactos ambientais negativos. Os processos, por exemplo, possuem uma grande pegada hídrica e também são responsáveis pela poluição do ar.
Para que serve?
Assim como outras pedras e cristais, a ametista possui um simbolismo espiritual e, portanto, é comumente utilizada em diversas religiões. Entre as possíveis propriedades do cristal, é relatado que ela pode auxiliar em momentos de tensão. Além de possivelmente melhorar a intuição e as habilidades psíquicas.
Porém, ela não é valorizada apenas por suas propriedades espirituais, mas também por suas propriedades de cura física e propriedades metafísicas. Acredita-se que ela ajuda em momentos de ansiedade, depressão, limpa a mente, lava pensamentos tóxicos, encoraja padrões de sono sólidos e alivia tensões e dores de cabeça.
Devido a essas propriedades e por sua beleza, ela pode ser também utilizada em acessórios como um colar de ametista, pingente, anéis e brincos. Ou seja, se está precisando de mais serenidade, você pode carregar o cristal na bolsa ou deixar no ambiente como peça de decoração.
