Qual é o conceito de amor e sua origem?

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Amor é um sentimento humano que mantém as pessoas conectadas e comprometidas umas com as outras. Ele está presente na sociedade em diversas camadas, desde o amor familiar, entre amigos até o romântico. A sensação de amar inspira muitas pessoas e é usada como base para projetos artísticos, para caridade e para a ciência. 

Quem inventou o termo amor?

A palavra tem suas raízes no termo em latim “amare”, que era usado para a distinção das carícias e cuidados da mãe dos cuidados do amor verdadeiro. Para além disso, a lingua também cita a palavra “Amma” que faz referência ao amor materno, como o primeiro amor incondicional do ser humano.

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Qual é a origem do amor?

Segundo o mito de Aristófanes, que faz parte das crenças gregas, o amor surgiu há muito tempo a partir da divisão do ser humano. A história narra uma Terra onde os seres humanos eram divididos em três tipos: homens, mulheres e hermafroditas (que tinham ambas as partes reprodutivas). 

Eles possuíam quatro braços, quatro pernas, dois rostos, quatros ouvidos e andavam em círculos em uma espécie de “estrelinha”. Esses seres humanos eram selvagens e viviam ameaçando invadir os céus, o que irritou os deuses. Então, um dia, Zeus cortou-os ao meio como castigo e prometeu que se eles continuassem agindo daquela forma os cortaria novamente. 

Com alguns ajustes corporais realizados por outros deuses, como Hefesto e Apolo, esses humanos se tornaram a imagem que existe hoje em dia. Porém, eles foram obrigados a viver eternamente buscando por sua outra metade, com intuito de encontrá-la e não largar mais.

Como resultado disso, o amor surgiu, supostamente, como o sentimento de pertencimento e carinho pela outra metade que estaria perdida pelo mundo. 

Qual é o conceito de amor?

O amor é um sentimento que foi estudado, e ainda é, por muitos anos pela ciência. Por esse motivo, ele pode ser definido com diversos parâmetros. De acordo com pesquisas feitas nos últimos 50 anos, existe uma pequena divergência entre os sentimentos de “gostar de alguém”, “estar apaixonado” e “amar”. Elas são:

Gostar: ter sentimentos positivos sobre alguém, sentir-se confortável na presença dessa outra pessoa. Também é possível sentir-se próximo e íntimo a outro indivíduo emocionalmente. 

Estar apaixonado: inclui os sentimentos de gostar, de querer cuidar de alguém, pensar nessa pessoa a toda hora, mas também a atração e o desejo sexual.

Amar: essa categoria inclui praticamente todas as definições citadas anteriormente, porém, é comum que os envolvidos tenham vontade de se comprometer com a pessoa amada, estar sempre junto e dividir os momentos bons e ruins. 

Quais são os tipos de amor?

Ao todo, existem dois tipos de amor e outros sete subtipos. É preciso frisar que isso se encaixa principalmente para relações românticas, sejam elas heterossexuais, ou de pessoas do mesmo gênero. No entanto, também existem o amor próprio, familiar e o de amigos, que são tão importantes quanto. 

Amor passional

O passional é considerado aquele que se sente ao estar apaixonado, inclui sentimentos de desejo intenso, pensamentos quase obsessivos e vontade de estar a todo momento ao lado de quem se ama. 

Companheirismo

Não é tão intenso, mas é complexo. Ele conecta o emocional à intimidade e ao comprometimento, em um nível do relacionamento em que ambas as pessoas se sentem mais seguras e confortáveis umas com as outras e não estão mais se descobrindo. 

Subtipos 

Pragma: também entendido como amor prático, tem raízes em tarefas e promessas. É o tipo de sentimento que pode estar ligado a casamentos arranjados ou em casais que já estão juntos há mais de décadas. 

Ludus:  divertido, sem amarras, geralmente visto no início de um relacionamento quando as pessoas estão apenas flertando. Ele envolve brincadeiras, risadas, sorrisos e um carinho quase infantil.

Ágape:  é o amor altruísta, como o de santos que buscam fazer o bem e figuras políticas que lutam pelos direitos humanos. É o sentimento de amar todas as coisas que vivem sem questionar, é puro e consciente e sem expectativas, similar ao amor materno incondicional. 

Filia: o sentimento que se desenvolve durante uma amizade duradoura. Ele é platônico, emocional e respeitoso. Assim como as relações românticas, as amizades também têm um impacto significativo na vida de um indivíduo.

Philautia: esse é o nome que se dá ao amor próprio, aquele sentimento de valorizar a si próprio, cuidar-se, respeitar o próprio tempo e ter confiança em si. Ter este tipo de amor é essencial para a saúde física e mental de um ser humano, afinal uma pessoa que não se ama não consegue se cuidar.

Storge: o amor entre familiares, carinho e companheirismo dividido por aqueles que dividem o mesmo sangue ou o mesmo sobrenome. 

Mania: muito mais que uma declaração de amor exagerada, a mania é a palavra usada para descrever relações tóxicas e codependentes. Nesses casos, uma ou mais pessoas envolvidas no relacionamento são extremamente apegadas ao seu parceiro, o que pode se tornar algo insalubre. 

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O amor muda com o tempo? 

Sim. Estudos já comprovaram que o amor romântico se transforma de passional para companheiro com o passar dos anos. Isso acontece porque as pessoas envolvidas aprendem mais sobre umas às outras, tornam-se mais confiantes na relação, criam rotinas e percebem as experiências novas reduzirem, assim como a atividade sexual.

Logo, o indivíduo que fazia parte de um amor passional se encontra em um amor companheiro. Esse fator não é necessariamente negativo, desde que o casal saiba lidar com as mudanças e mantenha o amor vivo.  

Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

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