A anestesia é uma intervenção médica que evita que pacientes sintam dor durante procedimentos como cirurgias e operações dentárias. Ela funciona através da ação de medicamentos conhecidos como anestésicos, que bloqueiam temporariamente os sinais sensoriais dos nervos para os centros do cérebro.
Embora diversos produtos tenham sido historicamente utilizados por suas ações anestésicas, como o ópio, a primeira demonstração pública da anestesia moderna ocorreu em 16 de outubro de 1846. No Massachusetts General Hospital, William T. G. Morton e o cirurgião John Collins Warren fizeram o primeiro uso bem-sucedido de uma anestesia com éter dietílico para prevenir a dor durante uma cirurgia.
Desde então, o medicamento conseguiu garantir a segurança de diversos pacientes, sendo essencial para a realização de inúmeras intervenções médicas.
O tipo de anestesia depende do tipo e âmbito do procedimento. As opções incluem:
Embora muitos especialistas não saibam apontar exatamente como todos os tipos de anestésicos funcionam, existem duas hipóteses sobre a sua eficácia.
A primeira é de que os anestésicos se ligam a algum tipo de receptor, causando uma mudança na forma do receptor que desencadeia uma cascata química que leva à perda de movimento e, em humanos, de consciência.
A segunda hipótese sugere que os anestésicos atuam alterando a membrana celular — uma camada dupla de substâncias bioquímicas chamadas fosfolipídios.
Muitas das proteínas da membrana celular atuam como “portais”, possibilitando o tráfego de produtos bioquímicos para dentro e fora da célula. Assim, a membrana mantém a carga elétrica da célula em relação ao seu ambiente, bloqueando a passagem de íons – pequenos átomos ou moléculas carregadas – a menos que passem pelas “portas” certas.
Essa função é vital para as células que transmitem sinais nervosos porque as diferenças de carga entre o interior e o exterior da célula propagam potenciais de ação (pulsos elétricos). Os portais iônicos na membrana abrem e fecham rapidamente, alterando a carga.
Segundo uma pesquisa de 2017, isso ocorre em plantas sob o efeito de anestésicos. Durante a pesquisa, os especialistas observaram que a anestesia foi capaz de silenciar os potenciais de ação de uma planta carnívora.
A descoberta sugere que a bioeletricidade e os potenciais de ação alimentam os movimentos tanto das plantas como dos animais.
Em geral, o tipo de anestesia é escolhido através da análise clínica do paciente. Uma avaliação pré-anestésica é realizada para avaliar os riscos potenciais associados à administração da anestesia e à realização da cirurgia e para desenvolver o plano anestésico.
A partir disso, o anestésico pode ser administrado de várias maneiras:
Durante o procedimento, profissionais são responsáveis por:
A maioria dos efeitos da anestesia são temporários e duram apenas cerca de 24 horas após a administração do medicamento. Dependendo do tipo de anestésico, você pode sentir:
Além disso, no pós-operatório, o clínico responsável pelo procedimento também pode alertá-lo sobre outros possíveis efeitos colaterais.
Devido aos avanços da medicina, a anestesia é um procedimento muito seguro. No entanto, como qualquer intervenção médica, pode oferecer riscos.
Possíveis complicações associadas à administração de anestésicos incluem:
A maioria dos anestésicos pode permanecer no organismo por até 24 horas.
Pessoas sob anestesia geral ou sedação monitorada devem permanecer no centro cirúrgico até que o efeito do medicamento passe completamente. Porém, pessoas sob anestésico local devem ser capazes de retomar as atividades normais, desde que liberado por um profissional de saúde.
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