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Confira uma lista com alguns animais em risco extinção no Brasil e no mundo

Animais em extinção são aqueles ameaçados de desaparecerem da Terra. Desmatamento, mudanças climáticas, caça e pesca predatórias e tráfico de animais são causas da extinção dos animais e alguns dos motivos que têm colocado muitos animais em risco de extinção. Apesar de ser relativamente comum na natureza, o processo de extinção está sendo intensificado pela ação humana.

Um relatório desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que cerca de um milhão de espécies estão em risco de extinção. Isso reforça a necessidade de criação de mais programas de conservação. 

Exemplos de animais que estão em extinção

Onça-pintada

A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas. Ela está na lista dos animais ameaçados de extinção classificados como vulneráveis. Espécie bandeira do Brasil, a onça é considerada importante para as ações de conservação da Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal.

A destruição de habitats e a caça predatória são as principais causas da redução severa na população de onças-pintadas. Elas são classificadas pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) e pelo IBAMA como espécie vulnerável e integram o apêndice I do CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção), que lista espécies ameaçadas de extinção, cujo comércio somente será permitido em circunstâncias excepcionais.

Onça-parda é vista em área onde era considerada extinta no Rio

Mico-leão-dourado 

A imagem do pequeno primata de cerca de 60 centímetros de altura já correu o mundo. Desde a década de 70, é um dos símbolos da luta pela conservação da diversidade biológica. Isso porque o mico-leão-dourado está há muito tempo ameaçado de extinção. 

A devastação da Mata Atlântica quase exterminou toda a população de micos-leões-dourados. Originalmente, a espécie era encontrada em todo o litoral fluminense, chegando até o Espírito Santo. Os micos estão confinados a cerca de 20 fragmentos florestais, devido a intensa ocupação da zona costeira no estado, acompanhada de extração de madeira e atividades agropecuárias.

Lobo-guará

O lobo-guará é um animal na lista de risco vulnerável de extinção e tem como habitat os biomas do Cerrado e do Pampa. A causa mais comum para a redução dessa espécie está relacionada ao desmatamento. Estima-se que nos Pampas exista uma população média de apenas cinquenta animais.

Panda-gigante

Os pandas-gigantes vivem na região Centro-Sul da China. Estima-se que haja 2500 indivíduos vivendo em pontos isolados. Esse fator gera um obstáculo para o acasalamento e coleta de alimentos dos animais. 

As dificuldades para promover a reprodução dos pandas são enormes. Uma vez que as fêmeas só entram no cio uma vez por ano, por no máximo três dias.

Baleia-fin

A baleia-fin é a segunda maior espécie de baleia, com cerca de 27 metros de comprimento e peso médio de 70 toneladas. Essa espécie já foi considerada “em perigo”. Porém, a proibição da caça comercial no oceano Pacífico e no hemisfério Sul contribuiu para que sua população aumentasse.

Estudos afirmam que as campanhas de conservação da espécie devem ser mantidas a fim de protegê-la. 

Arara-azul-de-lear

animais-em-extinção
Por Joao Quental, sob CC BY 2.0, em Wikimedia Commons

A arara-azul-de-lear é uma espécie brasileira que se encontra na lista dos animais em extinção na categoria “em perigo”. Principalmente como consequência do tráfico de animais e destruição do seu habitat.

A arara-azul-de-lear faz parte de programas que têm como objetivo a conservação de espécies. Incluindo ações de educação ambiental, conscientização e envolvimento da comunidade.

Pinguim-africano

O pinguim-africano (Spheniscus demersus) é uma ave que habita a costa sul da África e sua população diminuiu em 90% desde 1910. As principais ameaças para o pinguim africano são os frequentes derramamentos de petróleo que ocorrem na região em que vive. Além disso, a pesca industrial da região tem obrigado a espécie a procurar alimento cada vez mais longe da costa.

Peixe-boi-marinho

O peixe-boi-marinho é uma espécie brasileira que se encontra na lista dos animais em extinção na categoria “em perigo”.

Pesquisadores estimam que existem cerca de 500 indivíduos distribuídos nos estados de Alagoas e Amapá. No passado, a espécie foi alvo de caça. Mas atualmente as ameaças mais comuns estão relacionadas à ação humana, como poluição e destruição do seu habitat natural.

Gorila-da-montanha

O gorila-da-montanha é um mamífero encontrado na África Central. Ele está classificado como “em perigo de extinção”. Estudos indicam que em 2008 existiam aproximadamente 680 exemplares da espécie. 

Assim, fazendo com que fosse considerada como criticamente ameaçada, porém essa condição mudou devido às ações realizadas para a conservação da espécie. Registros apontam que a população aumentou para pouco mais de 1000 indivíduos.

As principais causas para extinção dessa espécie estão relacionadas à caça e doenças introduzidas pelo ser humano, como infecções respiratórias.

Baleia-azul

A baleia-azul (Balaenoptera musculus) é uma espécie que existia em grande abundância até o início do século XX. No entanto, ela foi levada à quase extinção depois de mais de cerca de 150 anos de caça ilegal intensa. Estudiosos afirmam que existem cerca de 3 mil exemplares da espécie. Esse número pode aumentar caso sejam implementados programas de proteção à ela.

Baleia encalhada: o que fazer e o que não faze

Macaco-prego-galego

O macaco-prego-galego é uma espécie de mamífero nativo do Brasil e a principal causa para sua extinção está relacionada à ação humana, como o desmatamento, poluição e expansão urbana em áreas de mata.

Estima-se que existam aproximadamente mil indivíduos espalhados pelo bioma da Mata Atlântica. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a população da espécie já diminuiu cerca de 50% desde quando foi descrita, há aproximadamente 10 anos.

Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN

A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional Para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), criada em 1964, tem como objetivo prover informações a respeito da conservação dos seres vivos do planeta. Ela apresenta dados relevantes da fauna e flora, mas não apresenta dados a respeito de microrganismos.

A Lista Vermelha serve como um alerta sobre a constante perda de biodiversidade verificada na Terra. Com esses dados, é possível embasar a luta por políticas de conservação e tentar impedir a extinção de várias espécies. A lista vermelha apresenta nove diferentes categorias para classificar um organismo vivo. Confira o significado de cada uma delas:

Categorias

  • Extinto (Extinct – EX): nenhum exemplar da espécie analisada está vivo na natureza ou em cativeiros;
  • Extinto na natureza (Extinct in the Wild – EW): a espécie analisada não é mais encontrada em seu habitat natural, existindo apenas representantes em cativeiros;
  • Criticamente em perigo (Critically Endangered – CR): a espécie classificada como criticamente ameaçada corre um risco extremamente alto de ser extinta da natureza;
  • Em perigo (Endangered – EN): a espécie estudada apresenta um risco elevado de entrar em extinção em seu habitat;
  • Vulnerável (Vulnerable – VU): a espécie vulnerável é aquela que apresenta riscos de entrar em extinção na natureza;
  • Quase ameaçado (Near Threatened – NT): uma espécie quase ameaçada é aquela que necessita de medidas de conservação para que não se torne vulnerável à extinção;
  • Pouco preocupante (Least Concern – LC): quando comparadas às outras categorias, as espécies classificadas como pouco preocupantes não apresentam muitos riscos de extinção;
  • Dados deficientes (Data Deficient – DD): a espécie estudada não possui dados suficientes para avaliar o nível de conservação;
  • Não avaliado (Not Evaluated – NE): as espécies classificadas nessa categoria não foram avaliadas pelos critérios da IUCN.

Saiba mais sobre cada espécie acessando a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. Vale ressaltar que a conservação das espécies é importante não só para contribuir com o equilíbrio do planeta. Ela também é uma forma de manter e renovar nossos recursos naturais.

De acordo com um estudo, práticas de gerenciamento e ferramentas que identificam populações ameaçadas são importantes para reduzir as crescentes taxas de extinção. 


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