O antitranspirante é um produto desenvolvido para controlar a transpiração. Diferentemente do desodorante aerosol, que tem como função remover o odor das axilas, o antitranspirante conta com um ingrediente ativo.
Esse ingrediente é o alumínio, que forma um gel responsável por entupir temporariamente os poros que liberam o suor. Assim, o mau cheiro nem chega a acontecer. Isso porque a transpiração é bloqueada antes que as glândulas sudoríparas a produzam.
O mau odor, chamado popularmente de “cecê”, acontece quando o suor se decompõe pela ação de bactérias e fungos, transformando-se em ácidos carboxílicos.
Esses ácidos são os grandes culpados pelo cheiro desagradável. Ao contrário do antitranspirante, o desodorante é um produto desenvolvido não para controlar a transpiração, mas para mascarar o “cecê”.
Para isso, ele conta com fragrâncias e ativos antibacterianos, como o álcool e o triclosan. Tais substâncias são potencialmente prejudiciais à saúde.
Além disso, existem também desodorantes naturais, que utilizam substâncias como carvão ativado, óleo de coco e bicarbonato de sódio para combater os microrganismos.
Já o antitranspirante sempre contém alumínio em alguma forma. Os compostos mais comuns são sesquicloridrato de alumínio e tetraclorohidrex de alumínio.
Mas também existem no mercado produtos que combinam as duas funções: são os desodorantes antitranspirantes.
Os compostos de alumínio são usados extensivamente em produtos cosméticos e farmacêuticos. Nos antitranspirantes, os sais de alumínio são os ingredientes que evitam a transpiração. Os sais precisam se dissolver para bloquear a formação de suor na superfície dos poros.
Uma pesquisa de 2005 sugere que o uso de antitranspirantes pode fazer com que o alumínio se acumule no tecido mamário. Porém, isso não prova que os sais de alumínio são capazes de causar câncer de mama. Na verdade, o tecido desse tipo de câncer não parece conter mais alumínio do que o tecido normal da mama.
No entanto, a substância pode se tornar uma preocupação maior se o usuário do produto tiver problemas renais, especialmente se sua função renal for de 30% ou menos. Por isso, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos exige que os fabricantes de antitranspirantes incluam advertências especificamente para pessoas com doenças renais.
Outro composto presente nos desodorantes antitranspirantes são os parabenos. Eles são usados para evitar que fungos, bactérias e leveduras cresçam no desodorante.
Os parabenos podem ser absorvidos pela pele. Porém, uma vez em contato com o corpo, podem funcionar como estrogênio, um hormônio feminino essencial para o desenvolvimento sexual, saúde da mama e outras funções corporais.
O problema é que a exposição prolongada ao estrogênio pode aumentar o risco de câncer de mama. No entanto, alguns especialistas afirmam que o efeito dos parabenos usados em produtos cosméticos não é intenso o suficiente para aumentar o risco de desenvolver câncer de mama. Como você pode ver, o assunto é controverso.
Para além dessas substâncias, muitas pessoas apresentam reação alérgica a óleos essenciais, propilenoglicol, aditivos biológicos, vitamina E e lanolina, que também podem estar presentes na composição dos antitranspirantes.
Se você identificar algum tipo de alergia, o ideal é suspender o uso do produto e procurar orientação dermatológica. Outra dica é sempre ler o rótulo do produto, para se certificar de que sua composição seja o menos danosa possível para a saúde.
Muitas pessoas também acreditam que exista uma relação entre o alumínio presente nos antitranspirantes e a doença de Alzheimer, mas não há evidências suficientes para corroborar essa informação.
Se você quiser evitar o alumínio e outras substâncias agressivas, como os parabenos, há diversas alternativas orgânicas e/ou veganas no mercado. Confira algumas opções de desodorante roll on na Loja do Portal eCycle.
Você também pode optar por fazer um desodorante caseiro, utilizando ingredientes como bicarbonato de sódio e leite de magnésia. Esses produtos são inofensivos para a saúde humana e podem neutralizar os ácidos carboxílicos que causam o mau cheiro.
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