Apiterapia é um tipo de terapia alternativa que usa exclusivamente, como sugerido pelo nome, produtos derivados das abelhas. Embora soe incomum, a terapia é usada há milhares de anos e pode ser rastreada até o antigo Egito e a China.
Os gregos e romanos também usavam produtos apícolas para fins medicinais, em que o veneno de abelha era usado para tratar dores nas articulações causadas pela artrite. Atualmente, algumas pesquisas sugerem que esses produtos promovem a saúde reduzindo a inflamação, melhorando a circulação e estimulando o sistema imunológico.
Os produtos da apiterapia podem ser usados oralmente, com aplicação tópica ou via intravenosa. Ela é usada em tratamentos de doenças crônicas, condições de saúde, ferimentos e dores ao redor do corpo.
A maioria dos produtos usados na apiterapia é derivada de uma espécie específica de abelha, a Apis mellifera, conhecida no Brasil como abelha-europeia ou abelha-comum. Alguns exemplos de produtos usados são:
O mel é o produto mais conhecido produzido pelas abelhas. No entanto, o mel usado na apiterapia é em sua versão “crua”, ou seja, não filtrado, processado ou tratado termicamente.
O veneno de abelha é produzido por abelhas operárias para proteger a si mesmas e às suas colmeias contra ataques. Durante a terapia, a picada de abelha pode ser administrada na pele através de uma micro malha de aço inoxidável. Isso permite que o veneno entre na pele, mas evita que o ferrão fique preso à pele, o que mataria a abelha.
O veneno é composto de uma mistura de proteínas, aminoácidos, água e compostos voláteis que causam uma reação dolorosa.
A geleia real é produzida por abelhas para ajudar na alimentação de embriões da colmeia e da rainha, durante toda a sua vida. Ela é rica em vitaminas B, proteínas e antioxidantes.
O pólen, que as abelhas operárias coletam das plantas, é rico em proteínas, vitaminas, minerais, enzimas e aminoácidos.
A própolis é uma substância pegajosa que as abelhas produzem a partir de resinas vegetais. Possui propriedades antissépticas e antimicrobianas, e as abelhas a utilizam para manter o interior das colmeias livre de infecções bacterianas e fúngicas.
A cera de abelha é criada para construir a colmeia e armazenar mel e pólen. As abelhas também misturam a cera com própolis para cobrir rachaduras na colmeia e proteger as abelhas de infecções.
Defensores da apiterapia defendem que a prática pode trazer diversos benefícios. Uma pesquisa, por exemplo, sugere que as pessoas usam a terapia para tratar dores nos nervos, condições como artrite e esclerose múltipla, e lesões como feridas ou queimaduras.
Por outro lado, outros especialistas alegam que não há provas que sustentam o uso da terapia para tratar a esclerose múltipla.
Além disso, a terapia com veneno de abelha tem sido usada desde a Grécia antiga para ajudar a aliviar a dor da artrite reumatoide, devido aos efeitos anti-inflamatórios e analgésicos da picada. Segundo um estudo, a terapia pode reduzir a necessidade do uso de medicamentos tradicionais e, simultaneamente, reduzir o risco de recaída.
Outros possíveis benefícios da apiterapia incluem:
Os diferentes métodos de apiterapia apresentam riscos diferentes. Para pessoas alérgicas a produtos apícolas, no entanto, todos os métodos podem ser perigosos.
Possíveis efeitos colaterais negativos da apiterapia incluem:
Além disso, a exploração das abelhas por seus produtos é um grande problema para a fauna e a flora mundial. Muitas abelhas são machucadas na extração do mel, cera e outros produtos, possivelmente resultando no sofrimento, ou morte, do animal.
Confira mais sobre a importância das abelhas e seus papéis na polinização de alimentos na matéria:
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