A França tomou uma medida contra produtos plásticos descartáveis inédita. O país tomou duas decisões importantes em meses recentes que certamente vão transformar o modo como os habitantes locais pensam sobre lixo e sobre o impacto ambiental de suas compras.
Em vez de escolher um caminho suave de transição para diminuir o número de sacolas plásticas utilizadas em mercados (cobrando pequenas taxas de poucos centavos por sacola – medida que vem sendo adotada em muitos países, com resultados questionáveis), a França optou por banir de uma vez as sacolas plásticas. A proibição leva em conta todos os tipos de sacolas com capacidades menores que 10 litros e com espessura inferior a 50 micrômetros – ou seja, as sacolas comuns, incluindo as biodegradáveis, e vai, em 2017, se estender a sacolas superfinas usadas para embalar frutas e vegetais.
Em decisão que veio a público em setembro de 2016, o governo francês anunciou que, a partir de 2020, copos, pratos e talheres plásticos descartáveis só poderão ser vendidos se o material de produção for biodegradável. O plástico está banido.
Os fabricantes de produtos descartáveis terão que oferecer alternativas que devem ser plenamente degradadas em composteiras domésticas – e esse ponto é muito importante. A maioria dos bioplásticos que serve de matéria-prima para sacolas só é plenamente degradada em composteiras municipais, que têm temperaturas elevadíssimas.
A decisão contou com resistência, principalmente por parte da indústria de embalagens, que considerou a nova lei como uma infração dos tratados europeus de livre comércio. A medida está em consonância com a decisão do Acordo de Paris de reduzir drasticamente o nível das emissões atuais de CO2.
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