Conheça mais sobre o gigante argentinosaurus, ou argentinossauro
O argentinosaurus, também conhecido como argentinossauro, foi um dinossauro saurópode que viveu na Argentina durante o Cretáceo Superior. Como seu nome sugere (do latim que significa “lagarto da Argentina”), seus fósseis foram descobertos no país da América do Sul.
A descoberta desse gigante ocorreu em 1987. Neste ano, o fazendeiro local Guillermo Heredia encontrou um fóssil que foi inicialmente confundido com um pedaço de madeira petrificada. Porém, a descoberta acidental de Heredia inspirou o trabalho de outros especialistas. Em 1989, escavadores liderados pelo paleontólogo José F. Bonaparte, começaram a expedição do local.
A equipe desenterrou várias vértebras posteriores, partes de um sacro e um fêmur completo. Além da fíbula que foi descoberta por Heredia, o que também ajudou a identificar a “nova” espécie de dinossauro. O animal foi nomeado de Argentinosaurus huinculensis, que faz referência à Formação Huincul, onde foi encontrado pela primeira vez.
Desde a primeira escavação, outros fósseis foram descobertos, ampliando o conhecimento humano sobre os argentinosaurus. O grau de preservação desses fósseis varia, sendo alguns exemplares mais completos e bem preservados do que outros. Contudo, todos os arquivos desses animais são parte de um estudo extenso e importante para a compreensão desses antigos gigantes.
Características do argentinosaurus
Os registros fósseis do argentinosaurus sugerem que o titanossauro possuía um longo pescoço, com uma cabeça pequena e um corpo significativamente grande. As vértebras do animal eram ocas, o que reduzia seu peso total, mas também possibilitava a integridade estrutural de um dinossauro dessa estatura.
Além disso, o dinossauro foi descrito como um animal com quatro pernas fortes, capazes de sustentar o peso do animal, e uma cauda longa.
Gigante entre gigantes
Os fósseis encontrados do argentinosaurus sugerem que ele foi o maior dinossauro já descoberto — e, consequentemente, o maior animal que já andou pela Terra. Apenas o fêmur do dinossauro atinge 2,5 metros de altura.
No entanto, estimar o tamanho exato do argentinosaurus é um desafio para a comunidade científica, devido aos poucos fósseis encontrados. Baseando-se nos registros fósseis desse e de outras espécies de dinossauros, paleontólogos criaram uma estimativa.
Segundo especialistas, acredita-se que o animal possa ter atingido de 30 a 35 metros de comprimento, pesando entre 65 a 80 toneladas. Algo que solidifica seu título como maior animal que já morou no planeta. Essas estimativas derivam da análise de saurópodes menores e do uso de modelos matemáticos para calcular a massa total do animal.
Além disso, acredita-se que esses animais continuavam crescendo durante a maior parte de suas vidas. Seus filhotes, estimam cientistas, cresciam até os 15 anos, quando atingiam a fase adulta.
Estilo de vida do argentinosaurus
O argentinosaurus foi um animal herbívoro, que se alimentava de vastas quantidades de vegetação para sobreviver. A maior parte dessa vegetação era obtida no topo de árvores altas, algo possibilitado pelo longo pescoço comum da espécie.
A espécie vivia na região agora conhecida como Formação Huincul, na província de Neuquén, Argentina. O local é conhecido por ecossistemas diversos, cuja fauna e flora ajudavam na sobrevivência dos dinossauros. Além dos argentinosaurus a região comportava outras espécies de dinossauros, incluindo terópodes e outros saurópodes.
Durante a vida, eram vulneráveis a predadores, como o Giganotosaurus, um dos maiores carnívoros terrestres conhecidos.
Embora sua importância na recapitulação da história dos dinossauros, pouco se sabe sobre esses gigantes. Reconstruir sua aparência, estilo de vida, comportamento e nicho ecológico é um desafio para paleontólogos. A análise requer uma interpretação cuidadosa e comparação com fósseis mais completos de outras espécies.
Em geral, a descoberta do argentinosaurus possui um grande impacto positivo no conhecimento humano sobre os saurópodes. As pesquisas sobre o tamanho do animal e suas características ajudaram a compreender melhor os limites do que entendemos sobre o tamanho e a fisiologia dos dinossauros.
Ademais, também ajuda o ser humano a entender mais sobre o período Cretáceo Superior como um todo.