Arquitetura sustentável é a construção de ambientes saudáveis por meio do uso de materiais de baixo impacto, adequação da arquitetura ao clima local e tratamento de resíduos. Um ambiente considerado sustentável satisfaz as necessidades presentes de moradia, alimentação e energia, garantindo a mesma suficiência para as próximas gerações.
Um projeto de arquitetura sustentável possui diversas etapas, como escolha do local, seleção de materiais, tratamento de resíduos e implantação de sistemas de reaproveitamento de água e otimização do uso de energia. A construção de um ambiente sustentável traz autonomia às comunidades, já que elas se tornam capazes de satisfazer as suas próprias necessidades sem depender de grupos ou pessoas de fora. O domínio das técnicas construtivas e a valorização das técnicas tradicionais são outro passo rumo a essa autonomia.
O conceito de desenvolvimento sustentável foi consolidado em 1992, durante a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92 ou Rio-92), que aconteceu no Rio de Janeiro. O termo, trazido para o discurso público em 1987 pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, é usado para designar o desenvolvimento a longo prazo, aquele em que o progresso econômico e as necessidades da atual geração não impliquem no esgotamento dos recursos naturais necessários para a sobrevivência das futuras gerações.
“Em essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração de recursos, o direcionamento de investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e as mudanças institucionais estão todas em harmonia e aumentam o potencial atual e futuro para atender às necessidades e aspirações humanas”, define o documento, conhecido como Relatório Brundtland (em tradução livre do original em inglês). Para saber mais sobre esse tema, acesse a matéria:
A preservação de áreas verdes e a proximidade com estabelecimentos que oferecem serviços básicos são os fatores mais importantes do processo de escolha do local para uma construção sustentável. A escolha da orientação também é fundamental. Isso porque ela afeta o acesso à luz, sombreamento e ventilação, o que pode diminuir a necessidade de grande quantidade de energia para iluminação e condicionamento climático, por exemplo.
Verificar e entender quais são os materiais disponíveis na região e de que forma eles podem ser aproveitados corresponde a outra etapa de um projeto de arquitetura sustentável. Também deve-se levar em conta o clima, o tipo de solo e a localização do terreno, entre outros fatores. Um projeto de arquitetura sustentável realizado na região Sul do Brasil deve ter materiais e técnicas diferentes de uma moradia construída no Nordeste, por exemplo.
Ademais, materiais reciclados, reutilizados e produzidos a partir de matérias-primas naturais ou fontes renováveis de energia também devem ser priorizados em um projeto de arquitetura sustentável.
Em um projeto de arquitetura sustentável, os resíduos podem ser reaproveitados para gerar novos recursos para os moradores, em um ciclo fechado. Um dos exemplos de resíduos que podem ser reintroduzidos no processo produtivo são os sanitários secos. Nesse processo, as fezes viram adubo, que podem alimentar uma horta e gerar alimento para os moradores.
Como dito anteriormente, a escolha da orientação e dos materiais corretos pode economizar energia. Além disso, a instalação de painéis fotovoltaicos ou de sistemas de aquecimento solar são outra maneira de reduzir o consumo energético.
Um projeto de arquitetura sustentável deve permitir que a água seja reaproveitada. Para isso, podem ser implementados sistemas de captação, tratamento e reuso de água da chuva e também da água cinza ou de reuso. As águas pluviais ou de reuso podem ser utilizadas para lavar pisos, quintais, carros e regar plantas.
A qualidade de uma construção pode ser mensurada a partir de certificações ambientais, que levam em consideração as práticas sustentáveis empregadas durante a obra. No Brasil, as certificações ambientais mais utilizadas são a LEED e a Aqua, emitidas pelo United States Green Building Concil e Fundação Vanzolini, respectivamente.
As principais vantagens da arquitetura sustentável são:
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais