O cultivo de arroz irrigado é uma fonte de gases do efeito estufa, como metano e óxido de nitrogênio. O ambiente em que a espécie é cultivada tem condições favoráveis para a produção de tais gases. A rotação de culturas se mostra uma alternativa para a redução dos impactos da produção de arroz por irrigação.
A produção de arroz irrigado libera muitos gases para a atmosfera. Essa espécie conta com um sistema de circulação de gases nas plantas, permitindo a sua adaptação no ambiente aquático. Assim, a produção de arroz em larga escala contribui para a emissão de gases do efeito estufa, sobretudo o metano e o óxido nitroso.
Por ser um alimento consumido mundialmente, o arroz detém a maior área de cultivo para a produção de alimentos. Essa produção resulta em aproximadamente 18% da emissão de gases originados da agricultura.
No Brasil, a produção se concentra no Rio Grande do Sul, representando uma área de aproximadamente 1,1 milhão de hectares. Assim, a produção tem uma alta demanda de água para manter a área alagada.
A produção de arroz costuma ser em ambientes alagados e com alta concentração de matéria orgânica. Dessa forma, o ambiente favorece a decomposição anaeróbia por microrganismos, favorecendo a produção de gás metano. As plantações de arroz proporcionam material para os microrganismos produtores de metano, além de naturalmente produzir o gás para a atmosfera.
Já o óxido de nitrogênio é produzido a partir do ciclo do nitrogênio, nas etapas de nitrificação e desnitrificação. Esses processos ocorrem com a ação de microrganismos heterotróficos, que utilizam a matéria orgânica presente no solo. O excesso desse gás também é influenciado pelo uso de fertilizantes nitrogenados.
O solo alagado em que o arroz é produzido não favorece a emissão de óxido de nitrogênio. Apesar disso, alterações constantes da condição do solo, como períodos de seca e elevação da irrigação, contribuem para a emissão de óxido de nitrogênio. Outra forma de produção desse gás é através do sistema de circulação de gases das plantas de arroz.
Apesar de seus impactos ambientais, o arroz tem uma importância econômica, cultural e alimentar para a sociedade. A produção de arroz alimenta cerca de metade da população mundial, por ser um alimento acessível e de alto valor nutricional.
Além disso, ele é um importante instrumento de renda para a população, sustentando e alimentando famílias pelo mundo. Para a economia, o arroz é o grão de maior importância, devido ao valor do produto e a facilidade de cultivo. Isso porque o arroz pode ser produzido em diferentes climas e solos.
De acordo com a Embrapa, o arroz é o alimento com maior capacidade de combater a fome mundial. Além das questões socioeconômicas, consegue proporcionar 20% da energia necessária para o ser humano, e 20% da proteína necessária.
O arroz apresenta uma importância econômica e social mundial. Entretanto, o seu cultivo representa uma ameaça para o meio ambiente, já que contribui para a emissão de gases do efeito estufa e contribui para as mudanças climáticas. Por isso, são necessárias ações de mitigação de impactos ambientais no cultivo dessa cultura.
A rotação do cultivo de arroz com outras culturas agrícolas é uma alternativa para essa redução. Isso porque esse modelo de produção diminui o tempo de inundação do solo, e consequentemente a produção de gás metano. Esse método consiste em intercalar o uso do terreno com outras espécies vegetais, como soja e milho.
Dessa forma, são evitados processos como o empobrecimento de alguns nutrientes do solo ou o excesso de nutrientes provenientes da espécie cultivada, além da redução da emissão de metano.
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