Em novembro, o artivista Mundano, fundador de projetos como Pimp My Carroça e o app Cataki, reconhecido pelo seu ativismo pelas causas ambientais e direitos humanos, abre sua exposição imersiva com obras feitas a partir de resíduos do consumo humano.
Após pintar grandes murais usando tinta produzida com pigmentos de crimes ambientais, como a lama de Brumadinho e as cinzas das florestas queimadas, a mostra Resíduos Mundanos agrega à sua pesquisa o uso de outros materiais, a reutilização e a experimentação de diferentes maneiras de dar uso aos resíduos, releituras de obras coletadas por catadores e a reflexão sobre o destino de descartáveis que são utilizados uma única vez, tornando-se um problema/desafio global que só aumenta com a produção desenfreada de plástico e acaba sendo a matéria prima mais abundante, em um mundo onde as ondas de calor, as secas severas, as enchentes são sinais nítidos de que a emergência climática é real e o maior desafio da humanidade. O Brasil é responsável por 3,44 milhões de toneladas de plástico – 16 kg por cada brasileiro! –, segundo estudo do Blue Keepers.
“O artista utiliza resíduos que não podem ser reciclados ou que a reciclagem acaba gerando maiores prejuízos ambientais, como contaminação de água potável, emissão de gases poluentes e gasto de energia”, afirma Maria Luiza Meneses, curadora da exposição.
A exposição ocupa, a partir de 15 de novembro, a Galeria Parede Viva, no We Sampa, mega espaço localizado na Barra Funda, que abriga o atelier do artista e é base para suas atividades.
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