A ascensão do cigarro eletrônico

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O cigarro eletrônico está se popularizando cada vez mais, para se ter uma ideia, a estranha variante eletrônica do cigarro movimentou US$ 2 bilhões no varejo entre 2012 e 2013, em todo o mundo, o que é “ótimo” para uma indústria que era vista apenas como moda passageira. Agora, com o conhecimento do consumidor a respeito das marcas (pelo menos no exterior) e com investidores de olho, o e-cig pode ter um boom no mercado.

A mundialmente famosa Napster e seu co-fundador Sean Parker investiram US$ 75 milhões na NJOY, uma fabricante do cigarro eletrônico. Também fazem parte desse negócio o Founders Fund, um grupo de capital de risco do cofundador do PayPal, Peter Thiel, que, ironicamente, ajudou a financiar o filme antitabagista “Obrigado por fumar”.

Cigarro eletrônico?

Mas, o que é o e-cig? O cigarro eletrônico, nome popular para dispositivo eletrônico para fumar (DEF), é um aparelho que converte o líquido (contendo ou não nicotina) em vapor, simulando um cigarro comum. O vaporizador contido no cigarro eletrônico funciona com uma bateria, existem modelos descartáveis e reutilizáveis. Alguns se parecem com uma caneta, outros, com um cigarro, com um charuto ou até com um cachimbo.

O cigarro eletrônico é geralmente composto por uma piteira, na ponta do dispositivo, um cartucho que pode ser substituído, este é preenchido com o líquido composto de propileno glicol, nicotina e substâncias aromatizantes, alguns líquidos não possuem nicotina, apenas sabor e aroma.

Ao dar um trago, o usuário aciona o elemento aquecedor do aparelho, esquentando o ar, que viaja pelo tubo, vaporizando a nicotina, que é inalada. Quando o “fumante” solta o ar, ele está soprando vapor, não fumaça. Isso porque, em todo o processo, não há fogo e não ocorre inalação de monóxido de carbono nem de alcatrão. Portanto não há a liberação de tantas substâncias tóxicas igual ao cigarro tradicional. No entanto, isso não significa que em seu consumo não haja riscos à saúde.

O Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula a distribuição de alimentos e medicamentos nos EUA, acredita que essa tecnologia apresenta riscos mas também benefícios caso haja a redução da toxicidade do cigarro eletrônico comparada ao cigarro convencional. O FDA ainda aponta que são necessário mais estudos científicos dos impactos do produto na saúde dos usuários e não usuários.

Estudos que analisaram a solução da nicotina nos cigarros eletrônicos encontraram substâncias carcinogênicas comuns nos cigarros “normais”. Outros estudos revelaram que fumar um cigarro eletrônico por cinco minutos dificulta a respiração. Produtos químicos presentes na nicotina podem causar aumento do risco de asma e inflamação das vias respiratórias. E testes nos refis de nicotina relataram que o vapor que sai do aparelho contém pequenas partículas de metal, aumentando a toxicidade para células humanas.

Mitch Zeller, responsável pela seção de tabaco da FDA, descreveu o mercado de e-cigs como “o oeste selvagem”, devido à fraca regulamentação. O cigarro eletrônico pode não ser tão ruim quanto o cigarro, mas também não deixa de ser perigoso.

No Brasil a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa ), proibiu o comércio e importação dos cigarros eletrônicos devido a falta de comprovação científica sobre a eficiência e segurança do dispositivo, através da RDC 46/2009.

O primeiro cigarro eletrônico foi feito pela Golden Dragon Holding, uma empresa chinesa que começou a exportar seus dispositivos em 2005. Em 2013, dos 45 milhões de fumantes dos EUA, 2,5 milhões passaram a utilizar o cigarro eletrônico. Com o aumento das vendas e do uso, analistas da Wells Fargo Securities dizem que esses produtos podem superar os US$ 10 bilhões até o fim de 2017.

RJ Reynolds Tobacco, a companhia por trás de marcas como Kool, Camel e Winston, possui seu próprio e-cig, o Vuse.


Fonte: Mashable

Equipe eCycle

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