O aspartame é um adoçante sintético que age como substituto do açúcar comum por ter baixa concentração de calorias. Ele é considerado um aditivo alimentar e adoçante não nutritivo (NNS, na sigla em inglês) e é comumente usado em produtos industrializados, principalmente os rotulados como diet, zero açúcar, nenhuma e baixa caloria.
Cerca de 200 vezes mais doce que o açúcar, o aspartame é composto por ácido aspártico e fenilalanina — dois aminoácidos de ocorrência natural. Enquanto o ácido aspártico é produzido naturalmente no organismo, a fenilalanina é um aminoácido essencial que é ingerido através dos alimentos.
E, embora a sua popularidade e seu uso frequente, o aspartame ficou conhecido mundialmente por seus possíveis efeitos adversos à saúde.
Diversos produtos rotulados como “zero açúcar” possuem aspartame em sua composição. Como:
Quando o aspartame é ingerido, ele é decomposto em ácido aspártico e fenilalanina, aminoácidos usados na síntese e metabolismo de proteínas. Além disso, a sua digestão também produz uma pequena quantidade de metanol — um composto comumente encontrado em frutas e vegetais.
De fato, uma pesquisa de 2015 revelou que o consumo de aspartame é a maior fonte de metanol na dieta americana. No entanto, em grandes quantidades, o metanol pode ser prejudicial à saúde.
No aspartame, o metanol é produzido a partir do aquecimento do aditivo. Porém, o metanol consumido regularmente pode ser um problema, uma vez que se decompõe em formaldeído, um conhecido carcinógeno e neurotoxina, no corpo.
Em 1981, o aspartame foi avaliado toxicologicamente pelo comitê científico da FAO e OMS sobre aditivos alimentares (JECFA). Assim, foi estabelecido que a ingestão diária aceitável (IDA) do aditivo é de 40 mg/Kg de peso corpóreo.
Ou seja, é seguro para o consumo em moderação e de acordo com os limites alimentares aprovados pela OMS.
O uso do aspartame em alimentos é regulamentado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), como um aditivo alimentar edulcorante. Além disso, ele também tem o uso aprovado como realçador de sabor para:
Os limites de uso dos edulcorantes em alimentos constam da Resolução RDC n° 18 de 2008.
Com a popularização do aspartame, o aditivo foi comumente associado a diversos efeitos adversos à saúde. No entanto, não foi conclusivamente relacionado com efeitos secundários graves ou problemas de saúde na população em geral.
Em vez disso, seu uso não é indicado para pessoas com condições de saúde específicas, como:
Alguns efeitos colaterais do aspartame incluem:
Assim como o açúcar, o aspartame contém aproximadamente 4 calorias por grama. Entretanto, como é mais doce que o açúcar, só é necessária uma pequena quantidade da substância para adoçar alimentos e bebidas. Por isso, é popularmente usado como parte de dietas para perda de peso.
Contudo, uma análise de diversos estudos não encontrou evidências de que os adoçantes de baixa caloria, como aspartame, sucralose e esteviosídeo, fossem eficazes no controle de peso corporal.
De fato, a análise também comprovou que pessoas que consomem adoçantes frequentemente possuem mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes e AVCs.
Uma pesquisa de 2022 observou o efeito deste aditivo em ratos de laboratório. De acordo com os pesquisadores, ratos que foram expostos à água com aspartame exibem um comportamento mais ansioso. A água utilizada continha apenas 15% dos valores da quantidade diária máxima de aspartame recomendada pela FDA (Food and Drug Association) para humanos.
Além disso, esses efeitos também foram observados na prole dos animais por até duas gerações.
Acredita-se que isso foi um resultado da produção de ácido aspártico e fenilalanina, que podem afetar o sistema nervoso central.
Algumas pesquisas sugerem que o consumo de aspartame pode aumentar os riscos de:
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