Astaxantina: o que é, para que serve e benefícios

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A astaxantina é um carotenoide responsável pelo pigmento vermelho de algumas espécies aquáticas e pela coloração rosa dos flamingos. Assim como os flavonoides e polifenóis, a substância é um poderoso antioxidante que ajuda a controlar os danos causados por radicais livres no organismo. 

Embora a vitamina A e o betacaroteno sejam formas mais conhecidas de carotenoides, a astaxantina é considerada “rei dos carotenoides”. Ela é cinco vezes mais potente que o betacaroteno e 6 mil vezes mais potente que a vitamina C. Além disso, o consumo dessas substâncias está associado à saúde cardiovascular, ocular e ao bem-estar em geral. 

Onde encontrar astaxantina natural

A maior concentração de astaxantina na natureza é no salmão do Oceano Pacífico. Porém, a substância também é facilmente encontrada em outras espécies, como: 

  • Truta vermelha
  • Lagosta
  • Lagostim
  • Camarão
  • Caranguejo
  • Ovas de salmão
  • Algas

Já a astaxantina comercial é, na maioria das vezes, derivada da levedura Phaffia, da alga Haematococcus e através de síntese química.

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Para que serve

Além de seu uso como antioxidante, a astaxantina também possui diversos propósitos. Consumida como suplemento, por exemplo, a substância é utilizada para o aumento do desempenho atlético, dores musculares resultantes de exercícios, para melhorar a aparência da pele enrugada e até mesmo no tratamento de Alzheimer. Porém, não existem muitas provas científicas dos resultados da astaxantina nesses casos. 

Benefícios 

Confira alguns dos benefícios do consumo de astaxantina e como ela pode agir no organismo. 

Antioxidante

Os antioxidantes, além de agir no controle de radicais livres e diminuir o estresse oxidativo em fumantes e em pessoas com excesso de peso, também podem ajudar a melhorar o fluxo sanguíneo. Essas propriedades na astaxantina fornecem diversos benefícios à saúde em geral, principalmente quando usada no tratamento do câncer

Promove a saúde da pele 

Como a maioria dos antioxidantes, a astaxantina também ajuda na saúde da pele. A exposição ao Sol aumenta a produção de radicais livres, que contribuem para a quebra do colágeno e da elastina, o que degrada a aparência da pele. 

Desse modo, acredita-se que a substância age como um protetor solar interno, aumentando a fotoproteção da pele contra os raios UV e mantendo uma resposta inflamatória saudável. De acordo com uma pesquisa publicada em 2018, a astaxantina retarda os impactos da exposição aos raios UV. 

Entretanto, é necessário lembrar que embora potente, a substância não substitui o uso do protetor solar externo. 

Aumento do condicionamento físico

Uma pesquisa de 2006 em ratos de laboratório comprovou que a astaxantina promove o uso de ácidos graxos do organismo — que contribui na resiliência e previne danos musculares e esqueléticos resultantes dos exercícios. Contudo, ainda não existem muitas pesquisas científicas que comprovem esses efeitos nos seres humanos. 

Saúde cardiovascular 

O carotenoide também pode ser benéfico para a saúde cardiovascular. Além de promovê-la com seus efeitos antioxidantes, a astaxantina trabalha administrando os níveis do colesterol HDL (colesterol bom) no sangue, a pressão sanguínea e possivelmente diminui os níveis do colesterol LDL (colesterol ruim), embora não existam muitas pesquisas que comprovem esses efeitos. 

Por outro lado, um estudo de 2006 comprovou os efeitos da substância em ratos de laboratório com hipertensão, indicando que ela pode ajudar a melhorar os níveis de elastina e a espessura da parede arterial. 

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Dores nas articulações 

A astaxantina também pode reduzir a inflamação e alguns sintomas e dores derivados da artrite.  

Efeitos colaterais

Consumida através da dieta, a astaxantina é segura e não possui muitos efeitos colaterais. Sua forma em suplemento em doses de 4 a 18 mg também é relativamente segura, mas pode causar alguns efeitos gastrointestinais como aumento dos movimentos intestinais e fezes de cor avermelhada. Altas doses de astaxantina podem causar dor de estômago e desconforto. 

Por outro lado, como a ingestão da astaxantina é feita majoritariamente pelo salmão, é importante notar que o consumo desse peixe também pode não ser benéfico. Em algumas situações, o salmão pode causar danos à saúde humana por conta de substâncias tóxicas presentes nas águas em que o animal procria — e que acabam contaminando a sua carne carne. Entre elas, destacam-se os PCBs, poluentes muito comuns na água do mar e que se concentram ainda mais no salmão de cativeiro.

Júlia Assef

Jornalista formada pela PUC-SP, vegetariana e fã do Elton John. Curiosa do mundo da moda e do meio ambiente.

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