O ativismo climático é um movimento social com o objetivo de incentivar e pressionar líderes nacionais e empresariais a abordarem as causas e os impactos das mudanças climáticas. Esses grupos ou indivíduos trabalham através do desenvolvimento de estratégias para o reconhecimento de questões ambientais ou da produção de soluções que diretamente abrangem esses problemas.
Dados indicam que o aquecimento global foi responsável pelo aumento do número de eventos climáticos extremos em todo o mundo em 400% desde a década de 1980. Isso somente impulsionou o movimento ambientalista, que corre em busca de métodos para retardar os efeitos catastróficos desses fenômenos no meio ambiente e em todo o planeta.
A partir do conhecimento científico sobre a crise climática, o ativismo climático ergue questões importantes para a criação de leis e programas que incentivem a proteção, conservação e preservação ambiental.
Acredita-se que a cultura humana tenha desenvolvido consciência ecológica desde pelo menos 5 mil anos atrás. No entanto, o primeiro registro oficial de ativistas ambientais podem ser os hindus Bishnoi de Khejarli, na Índia, que tentaram impedir o marajá de Jodhpur de derrubar uma floresta para construir um palácio em 1720 e foram assassinados por seus esforços.
O conhecimento moderno sobre a importância do ativismo climático foi alavancado durante a revolução industrial entre os séculos 18 e 19. Esse momento da história coincide com os primeiros fenômenos atribuídos ao aquecimento global, como relatado pelo relatório do IPCC de 2007.
Desde então, diversos escritores começaram a relatar o impacto de ações antrópicas no meio ambiente.
Na segunda metade do século 20, o desenvolvimento de armas nucleares, uso de pesticidas e o aumento da poluição resultaram ainda mais na preocupação pública sobre o estado do planeta. De fato, os séculos 60 e 70 são marcos importantes de todo o ativismo climático.
O conhecimento sobre o efeito estufa foi divulgado pela primeira vez em 1965 e o termo “aquecimento global” foi cunhado apenas dez anos depois, pelo geocientista Wallace Broecker.
Com a expansão do conhecimento científico sobre o meio ambiente, especialistas conseguem disseminar informações importantes sobre o clima. Dentro dessa perspectiva, os sete princípios da ciência do clima são essenciais no entendimento dos assuntos defendidos pelo ativismo climático.
São eles:
Através da noção de sobre como o meio ambiente é afetado pelo clima e pelas ações humanas, ativistas chamam a atenção para mudanças e ações climáticas que possam reduzir esses impactos.
Os tipos de ativismo climático são caracterizados pelas diferentes táticas usadas por ativistas para impulsionar a ação governamental em questões ambientais.
Blockadia é um termo popularizado a partir do livro “This Changes Everything” de Naomi Klein. Ele é definido como a “zona de conflito transnacional itinerante […] onde pessoas ‘normais’ […] estão tentando impedir esta era de extração extrema com seus corpos ou nos tribunais”.
Essencialmente, a blockadia refere-se a pessoas, como grupos indígenas, tomando medidas diretas para bloquear projetos ou extração de combustíveis fósseis.
O desinvestimento climático é o ato de retirar o apoio em indústrias que impulsionam as mudanças climáticas. Foi iniciado através de estudantes de universidades em 2011, mas propagou-se no mundo inteiro.
Ele impulsiona que essas indústrias reduzam ou excluam a queima de combustíveis fósseis e outras atividades nocivas ao meio ambiente.
Método para responsabilizar legalmente os governos e as empresas de combustíveis fósseis pelas suas falhas em tomar ação climática sobre os fenômenos que impactam o planeta.
Influenciar a criação de políticas ambientais através de uma combinação de ações diretas, protestos, ações judiciais e ações de sensibilização.
Refere-se a ações individuais ou coletivas que impulsionam o bem-estar climático. É nesse tipo de ativismo climático que a maioria das pessoas acredita fazer parte, uma vez que inclui a mudança de hábitos pessoais que podem afetar positivamente o planeta.
Algumas dessas ações incluem:
O ativismo climático local defende o conceito de que a justiça climática pode ser conquistada a partir de movimentações pequenas – locais. Embora a crise climática seja uma questão global, a participação começa pela proximidade a essas causas.
Segundo uma matéria publicada no portal The Conversation, o ativismo climático local pode ter um grande impacto na sociedade civil e como ela participa de movimentos em prol ao meio ambiente. As três razões listadas pela importância desse movimento incluem:
Em geral, o ativismo climático impulsiona indivíduos a criarem ações conscientes para enfrentar as mudanças climáticas, como o incentivo de novos participantes e o questionamento de políticas locais.
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