Houve um aumento nos casos de bruxismo durante o período da pandemia. Apesar da causa do bruxismo não ser conhecida, o aumento das notificações foi atribuído ao estresse. O bruxismo é considerado uma doença multifatorial, em que diversos fatores estão envolvidos, entre eles o estresse, considerado, por algumas correntes de pesquisadores, o principal. Com o aumento da carga de estresse decorrente do trabalho ou da ansiedade, existe um risco do desenvolvimento do bruxismo ou aumento da intensidade em um quadro já diagnosticado.
“A média seria de que em torno de 20% da população apresentaria bruxismo, uma prevalência muito elevada”, contou ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição o cirurgião-dentista Gustavo Grothe Machado, chefe do serviço de cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. De acordo com ele, existe uma dificuldade em precisar um número exato dos casos de bruxismo, uma vez que a pessoa afetada pela condição pode muitas vezes não saber que a possui.
Os sintomas da doença vão desde barulhos gerados pelo movimento involuntário durante o sono até danos na arcada dentária. Como os mais comuns são o ranger dos dentes e um cansaço da musculatura na área do maxilar, o quadro acaba ficando sem o tratamento adequado, correndo o risco de danos a longo prazo.
O bruxismo se divide entre casos primários e secundários. O primário não está relacionado a outras condições de saúde e a forma secundária da doença é consequência de uma outra doença. Machado ilustra o caso secundário da doença, relacionado com distúrbios do sono, como a apneia do sono ou ao abuso de drogas, como álcool. O bruxismo não tem cura, no entanto, possui tratamentos disponíveis para lidar com a doença.
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