A autofagia é um processo corporal responsável por coletar as células danificadas e mortas e utilizá-las para produzir mais tecido. As células são a base do corpo humano, com o tempo elas envelhecem e param de funcionar, ou ficam danificadas. Por isso, a autofagia é usada pelo organismo como forma de reciclar esse material e criar novas células saudáveis.
O acúmulo de células danificadas no organismo reduz ou previne que um conjunto celular funcione de forma correta. A autofagia funciona como um controle de qualidade. A palavra autofagia vem do grego, auto significa “próprio” e a fagia “comer”. Ou seja, o termo faz referência ao “canibalismo”, como se as células canibalizassem a si mesmas para eliminar os resíduos nocivos e produzir mais tecido saudável.
No corpo humano, a autofagia é um processo importante para a sobrevivência e funcionamento das células. Durante esse processamento acontece:
O benefício mais famoso da autofagia é seu efeito anti-envelhecimento. Afinal, o processo contribui para a criação de células novas e saudáveis, eliminando aquelas que estão danificadas, oxidadas e estressadas. Isso contribui para prolongar a vida útil do tecido que forma os órgãos.
Além disso, a autofagia é utilizada pelo corpo como uma forma de sobreviver à fome. Quando não é possível conseguir a energia necessária através da comida, o organismo começa a canibalizar as próprias células mortas para se manter ativo. Entretanto, essa atividade não continua para sempre, é apenas uma forma de oferecer mais tempo para o indivíduo conseguir se alimentar.
Um estudo, de 2020, mostrou que existe uma conexão entre a autofagia e a saúde do fígado. De acordo com os pesquisadores, a canibalização das células permite que o órgão seja protegido dos danos causados pelo consumo de drogas e álcool.
Uma outra análise, focada nos efeitos da autofagia no fígado, revelou que o processo tem função fundamental no funcionamento do órgão. Assim, ajuda a prevenir o avanço de diversas condições, como doença de Wilson, lesão hepática aguda, doença hepática gordurosa não alcoólica, doença hepática crônica relacionada ao álcool.
Outros estudos têm tentado entender se a autofagia pode ter relação com o câncer. Em uma pesquisa, de 2019, os estudiosos descobriram que, ao mesmo tempo que essa canibalização contribui para diminuir células cancerígenas, ela também pode promover o crescimento do tumor. No entanto, essas informações ainda são iniciais e precisam de análises mais aprofundadas.
As proteínas são responsáveis por facilitar a autofagia. Elas formam uma estrutura conhecida como autofagossomas, que carregam as células danificadas para uma parte celular chamada de lisossoma. Essa parte tem o papel de digerir e quebrar o tecido nocivo.
Ou seja, uma parte da célula começa a canibalizar outras partes. Isso em prol de descartá-la e livrar o organismo da morte celular e dos possíveis danos que podem surgir com isso. Depois de digerir o tecido, o lisossoma libera os resíduos que ainda podem ser reutilizados, e que serão transformadas em novas células.
O processo de autofagia consiste na canibalização da própria célula de suas partes que não funcionam mais. Essa é uma das formas que o organismo encontra para garantir a sobrevivência desses tecidos quando não existe fonte de energia o suficiente para que eles funcionem de forma eficiente.
Sendo assim, é possível induzir a autofagia através das seguintes técnicas:
É importante pontuar que, mesmo que você possa, não significa que você deva praticar a indução da autofagia. Existem poucos estudos sobre os efeitos dessa prática, e algumas pesquisas mostram que ela também está relacionada a problemas na saúde. Como uma pesquisa, de 2017, que associa a autofagia à morte de células no coração e o desenvolvimento de doenças cardíacas.
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