Banco Mundial libera US$ 40 milhões para projeto de agricultura sustentável em Moçambique

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Iniciativa vai beneficiar mais de 20 mil coletivos familiares, principalmente as agricultoras mulheres, garantindo acesso a novas tecnologias de produção, insumos e títulos de terra. Moçambique possui cerca de 36 milhões de hectares de terra arável, mas mau uso do solo tem esgotado recursos naturais

Imagem: FAO

O Banco Mundial aprovou, em 30 de junho, a liberação de US$ 40 milhões para um projeto nacional de agricultura e gestão sustentável dos recursos naturais em Moçambique. Desse montante, 26 milhões serão doados.

A iniciativa vai beneficiar mais de 20 mil coletivos familiares — principalmente as agricultoras mulheres —, garantindo acesso a novas tecnologias de produção agrícola, insumos e títulos de terra.

Com o apoio do organismo financeiro, cerca de 100 agricultores comerciais pequenos e emergentes e outras 25 pequenas, médias e grandes empresas também terão acesso a subvenções, financiamento comercial e suporte técnico no desenvolvimento e expansão dos negócios.

Além disso, o projeto vai modernizar a infraestrutura rural do país, melhorando as condições de vida de um número significativo de beneficiários indiretos.

A parceria entre o Banco Mundial e o governo moçambicano busca reduzir a pobreza em um país que conseguiu expandir sua economia nas últimas duas décadas sem, no entanto, fortalecer as atividades de produção locais.

Segundo a agência da ONU, a nação africana enfrenta agora o desafio de ampliar setores de trabalho intensivo, como a agricultura e a silvicultura — segmentos com potencial para promover desenvolvimento econômico com inclusão.

Em Moçambique, essas atividades econômicas são promissoras, especialmente porque o país possui cerca de 36 milhões de hectares de terra arável e 40 milhões de florestas naturais. O mau uso dos recursos naturais, porém, ameaça esgotar essa fonte de riqueza: 220 mil hectares de florestas naturais são perdidos a cada ano e a erosão é generalizada no território.

Em sua primeira fase, o programa vai se concentrar nas províncias com altos níveis de pobreza e potencial agrícola e florestal do centro e do norte de Moçambique.

“A agricultura pode ter impactos positivos ou negativos sobre os recursos naturais dependendo das práticas adotadas e seus efeitos sobre a cobertura da terra e dos ecossistemas”, explicou o coordenador da equipe do Banco Mundial responsável pela iniciativa, Mark Austin.

“Esse projeto incentiva práticas agrícolas sustentáveis e procura aumentar a produtividade, reforçando simultaneamente a resiliência dos recursos naturais e dos sistemas produtivos.”

A iniciativa do Banco Mundial está alinhada com o plano quinquenal do governo de Moçambique para o período 2015-2019 e com as metas do próprio organismo financeiro para erradicar a pobreza extrema e estimular a prosperidade partilhada no mundo.

Fonte: ONUBr


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