As minhocas presentes na composteira cavam, percorrem a terra (húmus) e transformam os resíduos orgânicos, permitindo entrada de oxigênio. Uma grande quantidade de nutrientes é liberada nas fezes das minhocas. Esses dois fatores proporcionam boas condições para a proliferação de micro-organismos. Ou seja, alguns bichos na composteira podem sim aparecer, confira a seguir quais deles são benéficos para o sistema de compostagem:
Mais conhecidos como “minhoquinhas brancas”, são primos da minhoca californiana (vermelha – muito usada em composteiras). Eles são hermafroditas com fecundação cruzada. Possuem hábitos terrestres, aquáticos ou semiterrestres. De maneira geral, a dieta é constituída 80% de micro-organismos e 20% de matéria orgânica. Eles atuam na decomposição da matéria orgânica, estimulando sua colonização por micro-organismos, e na microporosidade do solo. Muitas vezes vistos em pratinhos dos vasos de flores, as pessoas os confundem com nematóides, que são invisíveis a olho nu. As minhoquinhas brancas são um sinal de uma mistura saudável em sua composteira.
São associados a condições em que haja umidade e detritos orgânicos. Muitas vezes são encontrados perto da superfície da composteira, especialmente na primeira caixa. Eles também são comumente encontrados dentro do solo de vasos de plantas, sendo perfeitamente naturais no sistema da composteira.
É uma ordem de ácaros; estes variam de tamanho entre 0,2 mm a 1,4 mm – são como pequenos grãos de cor ferrugem. Esses ácaros geralmente têm baixa taxa metabólica, desenvolvimento lento e baixa fecundidade. São encontrados em maior abundância em solos folheados, alimentam-se de fungos e detritos vegetais, o que facilita o trabalho das bactérias decompondo a matéria orgânica de forma eficaz e liberando ao solo nutrientes essenciais. Com isso, esses ácaros têm um papel muito importante na atuação dos processos de decomposição, além de serem grandes aliados para quem deseja um solo fértil. Estima-se que existam de 100 mil a 400 mil ácaros por cada metro quadrado de solo.
São de cor marrom brilhante; elas adoram ambientes frescos, úmidos e escuro como o das composteiras, e não atrapalham o trabalho das minhocas e nem se alimentam delas. Geralmente seus ovos são encontrados embaixo da tampa da composteira. Dica importante: sabemos que as lesmas podem destruir um jardim inteiro do dia para a noite, por isso, mantenha sua composteira distante do seu jardim ou da sua horta, assim, nessas condições, elas são inofensivas.
São importantes no processo de decomposição, no controle da população de insetos e liberam nutrientes para a composteira. Vale lembrar que é necessário que haja um equilíbrio na relação de carbono e nitrogênio para sucesso da compostagem.
Assim como as lesmas, os diplópodes adoram ambientes frescos, úmidos e escuros. Seus corpos são divididos em trés segmentos: cabeça, tórax e abdome segmentado. Possuem formato cilíndrico e têm grande quantidade de perninhas (dois pares por segmento). São animais herbívoros e detritívoros (alimentam-se de vegetais e detritos de matéria orgânica) que auxiliam e melhoram a fixação das bactérias decompositoras. A estratégia de defesa desses animais consiste em enrolar o corpo, fingir de morto e eliminar uma substância mal cheirosa, que afugenta seus predadores. As fezes dos diplópodes possuem um alto teor nutritivo, que melhora a fertilidade e a textura do húmus produzido na composteira.
Fique atento quanto a estes bichinhos para não pensar que algo está errado, pois todos eles contribuem para que tenhamos ótimos resultados em nossa composteira, produzindo húmus de qualidade.
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