Já virou rotina ver novidades relacionadas a bikes na capital dinamarquesa. A mais recente novidade de Copenhague – que tem mais bicicletas (650 mil) do que habitantes (550 mil) e carros (125 mil) – é um sistema de bikes públicas elétricas com tablets embutidos. Batizado de GoBike, o projeto inaugurou recentemente suas 20 primeiras estações.
Os tablets contam com cabos escondidos no guidão para evitar roubos e vandalismo e têm função de computador de bordo. Neles, o passageiro pode escolher se utilizará a bicicleta na função manual ou elétrica; conferir os horários de trens e metrôs; reservar uma segunda bicicleta para outra pessoa; e calcular as rotas mais rápidas entre os destinos.
Para os ciclistas-turistas, além de ser possível escolher a função em inglês (mais universal que o dinamarquês), há dicas de pontos de interesse, restaurantes e serviços. Por enquanto, não houve registros de roubos dos tablets nem das bicicletas.
O programa é financiado pela empresa que controla os trens do país, a Danske Statsbaner (DSB), e as prefeituras de Copenhague e a vizinha Frederiksberg. Até o final do verão europeu, a cidade espera aprovar a expansão do programa, chegando a 1.860 bicicletas no final do ano.
Assinatura mensal
As bicicletas são feitas de alumínio. O banco é ajustado com um sistema de pressão a gás e, uma vez que o assento é adaptado, o guidão se ajusta automaticamente para garantir a ergonomia. Os pneus são à prova de rupturas e duram até 15 mil quilômetros. O aluguel da bicicleta sai por 25 coroas dinamarquesas (quase R$ 10) por hora. No caso da assinatura mensal, o valor cai para 6 coroas ou R$ 2,45.
Andreas Røhl, que coordena a gerência de Mobilidade e Espaço Urbano, afirmou que as bicicletas são voltadas a não-residentes: turistas e moradores do subúrbio, que não levam suas bikes na jornada até Copenhague. Daí a importância da ligação com os trens.