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Testes foram feitos em plantações de hortelã-pimenta, que receberam o extrato aquoso da macroalga Kappaphycus alvarezii

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Por Agência FAPESP | O uso de um biofertilizante à base de algas pode aumentar tanto a produtividade quanto a qualidade de plantios agrícolas, aponta pesquisa conduzida por cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), do Instituto de Pesca, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

Os testes mais recentes foram feitos em plantações de menta (Mentha piperita), ou hortelã-pimenta, que receberam o extrato aquoso da macroalga Kappaphycus alvarezii. A pesquisa foi conduzida com apoio da FAPESP durante o pós-doutorado de Aline Nunes no Instituto de Biociências de Botucatu (IBB-Unesp).

“O biofertilizante derivado da Kappaphycus alvarezii apresenta um grande potencial para aplicação na agricultura, tanto em cultivos em estufas quanto nos sistemas hidropônicos. O aumento de produtividade e de incremento em parâmetros bioquímicos encontrados para o cultivo da hortelã-pimenta também já foram comprovados em estudo com o manjericão”, disse Nunes à Assessoria de Imprensa do Instituto de Pesca.

Os novos dados reforçam evidências previamente publicadas sobre os benefícios dessa macroalga à lavoura. “Esse fator é fundamental, porque a composição da alga cultivada no Brasil difere daquela encontrada em países onde o cultivo já é consolidado há muitos anos.”

Origem asiática

A Kappaphycus alvarezii é uma macroalga vermelha originária das Filipinas e amplamente cultivada no mundo. Foi introduzida no Brasil em 1995, por meio de uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesca, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

De acordo com Valéria Gelli, pesquisadora do Instituto de Pesca e coordenadora do Programa Algicultura SP, o biofertilizante vem sendo pesquisado pelo grupo desde 2015. “Este novo estudo reafirma sua eficiência agronômica como uma solução sustentável, com grande potencial para reduzir a dependência de produtos químicos e aumentar a produtividade das lavouras brasileiras.”

Para a obtenção do biofertilizante usado na pesquisa de Nunes, foram utilizadas amostras em partes iguais de macroalgas frescas das linhagens verde e vermelha, que foram lavadas, pesadas, trituradas e, por fim, filtradas para a obtenção do extrato aquoso.

Entre os resultados, destacou-se o aumento na altura das plantas, no número de nós – que são essenciais para o crescimento e a ramificação – e no peso seco da parte aérea da hortelã, que corresponde à parte acima do solo. A aplicação do extrato também apresentou variações nos resultados, dependendo da concentração utilizada, com melhorias expressivas em todos os indicadores analisados. Os dados completos podem ser conferidos em Boletim Técnico publicado pelo Instituto de Pesca.

Na avaliação dos pesquisadores, o uso do biofertilizante natural pode ser uma alternativa sustentável e eficiente para o cultivo de hortelã-pimenta, promovendo um crescimento mais vigoroso sem a necessidade de produtos químicos sintéticos.

Este texto foi originalmente publicado pela Agência FAPESP, de acordo com a licença CC BY-SA 4.0. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.
 


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